É perceptível certa confusão na aplicação destas palavras pela grande maioria das pessoas, sejam elas cultas ou ignorantes. Todos os seres humanos são dotados de inteligência, simplesmente por serem munidos de um computador muito avançado: o cérebro.
Isto significa que a inteligência nada mais é do que a faculdade de se pensar. Como tal, ela precisa ser desenvolvida através da prática. Assim como os músculos, o cérebro também necessita de exercícios, muito embora alguns prefiram um tríceps bem desenvolvido do que um cérebro “bombado”!
Já o conhecimento, por sua vez, é o arcabouço de todas as experiências adquiridas em virtude da boa aplicação da inteligência. Portanto, a melhor maneira de se desenvolver intelectualmente é através da prática intelectiva, como através da leitura, jogos, solução de problemas, artes, etc.
E a mente: onde fica nesta história toda? Digamos assim: esta é a que faz o “argamassa” entre o cérebro e a inteligência. Seria como os códigos de programação, ou melhor, os algoritmos que regem o pensamento e se materializam em nossos cérebros através de reações bioquímicas.
Os mais instigantes devem ainda estar se perguntando: faltou a Consciência? Bem, esta é uma outra longa história que deixaremos para tratar num capítulo a parte… Haja assunto!
Alguns acham que pelo simples fato de possuírem um currículo primoroso são dotados de inteligência privilegiada. Grave equívoco! Isto porque pessoas simplórias como um lavrador podem demonstrar inteligência superior à de um erudito…
Então, o que de fato os diferencia? Com certeza a resposta é muito ampla, dependendo do ponto de vista de cada um. Se fôssemos nos basear simplesmente nas definições dadas acima, chegar-se-ia facilmente à seguinte conclusão: o diferencial é o conhecimento.
Entretanto, como reencarnacionista que o sou, acredito que o nosso conhecimento é o resultado de todas as nossas experiências existenciais, inclusive as pregressas de outras vidas no plano físico ou extrafísico (veremos mais detalhes sobre este tema quando falarmos da Consciência). Neste sentido, aquele que hoje não passa de um humilde lavrador, em outra encarnação pode ter sido um grande cientista!
Existe outro elemento não mencionado ainda que influi diretamente tanto na inteligência como também no conhecimento… Ele é a moral. Poder-se-ia defini-la, essencialmente, como sendo a faculdade de se fazer o bem.
Quando o indivíduo é dotado de bons princípios, tudo o que ele produz tem grandes chances de dar certo, enquanto que a pessoa dotada somente de más intenções já parte equivocada, de modo que suas obras serão inexoravelmente inócuas.
Conclui-se, daí, que sábio é aquele que sabe harmonizar a tríade: inteligência, conhecimento e moral. O caminho é demasiado longo, no entanto, todos podem e deverão chegar lá. Pelo menos um dia!
Autoria por Ricardo Barreto
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Para saber mais:
- Barreto, R.L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed., Editor-Autor, 2003.