#ricardobarreto #crônicas #ostracismo
Uns se calam por saberem demais. Contrariamente, outros o fazem por saberem de menos. Como diria minha vozinha Marieta (a propósito, que saudades dela…):
_ Mas será o Benedito!
Não deveriam os primeiros, em prol da evolução, transmitir aos mais “desafortunados” ao menos um pouco do que sabem? O que freia este salutar intercâmbio informativo??? Já vimos que o mundo definitivamente é dos “cretinos” (em Manifesto ao “cretinismo”), estes que pensam que sabem e disseminam suas inverdades…
Afinal, por acaso existe esta tal de “verdade” ? Quem diabos inventou esta palavra??? Sem falar dos “efeitos estagnadores” desta chaga a qual chamo de “ostracismo alienante”, oh céus!
Oriunda do grego ostreon, a palavra ostra refere-se a um tipo de molusco marinho da família dos ostrídeos. Apesar de comestível, sua principal atração se dá pela potencialidade na geração de pérolas preciosas, mesmo que isto se dê segundo uma chance em um milhão!
Ademais, o termo “ostracismo” remonta à antiguidade grega, como uma espécie de julgamento do povo de Atenas, pelo qual se bania por dez anos um cidadão, cujo poder ou ambição fossem temidos. Muito embora o termo seja usado hoje vulgarmente como uma “ação de se excluir de um grupo”, tal acepção não deixa de fazer todo o sentido…
Assim como as ostras que se isolam do meio através de uma concha para proteger-se, também o fazem as pessoas, no cotidiano, só que através de “máscaras emocionais”, e com o mesmíssimo intento…
Temem ser devoradas pela ganância, inveja, cobiça, vaidade, orgulho e avareza dos seus convivas! E o que seria ainda pior, delas mesmas… Neste verdadeiro”jogo psicológico” de esconde-esconde, deixam frequentemente de tomar contato com muitas Consciências afins, impedindo assim a troca de experiências profícuas à sua jornada evolutiva.
Gera-se fatalmente um quadro de “preconceitos mutualísticos” disfarçado, muitas das vezes, nos mais variados estereótipos (um exemplo clássico são os hippies nas décadas de 60 e 70). Estas reações que são consideradas como uma forma de escapismo pelos sociólogos, em realidade refletem um refúgio da solidão e são ocasionadas pela “sinergia degenerativa”, mesmo que inconsciente, da mais pura ignorância dos seus papéis perante o macrocosmo!
Como ostras, ao menos têm uma ínfima probabilidade de serem germinadas em sua essência por um “grãozinho” de sabedoria. E um dia, afinal, brilharão como uma linda e valiosa pérola. Portanto, não nos desesperemos em vão! Embora seja uma única chance em um milhão, aqueles que conhecem um pouco do efeito túnel (da mecânica quântica) sabem que todos vão chegar lá!
Claro, é só uma questão de tempo…
Créditos:
Autoria por ricardobarreto.com
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Saiba mais:
- Barreto, R. L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed., Editor-Autor, 2003.
- Enciclopédia Larousse, 1988, Universo Editora, p. 4.330.