Busca insondável

#ricardobarreto #culturadevalor #valor #cultura #gandhi #destino #ciênciadefronteira #filosofia #Yoga #KriyaYoga #Deus #alma #ImmanuelKant #ParamahansaYogananda

Nesta “busca insondável”, exalto ninguém menos que Gandhi, este ser iluminado que no brindou com o seguinte alerta:

“Seus valores tornam-se o seu destino”

Eu já não acreditava mais em destino, nem tampouco em espiritualidade tal como vista pela grande maioria das pessoas. Caro leitor, peço encarecidamente que não me julgue mal. É muito difícil mesmo de admitir isso…

Seria tão incrivelmente mais fácil se minhas crenças fossem estáveis, assim como o Hélio ou o diamante o são! Mas será que estes “corpúsculos”, ícones da realidade material, física propriamente dita, são mesmo tão estáveis assim?!

O racionalista

            Não adianta forçar. Prevalece sempre, pelo menos para mim, o universo científico e a nossa “busca insondável” pela compreensão dos fenômenos mais escusos à instrumentação humana, ao que chamo de “ciência de fronteira”.

Acredito, outrossim, num único fato, mesmo que ainda contando com explicações ou comprovações limitadas à experiência individual ou transcendental:  

Tudo que você possa imagina, existente ou não, detectável ou não, idealizado ou sentido, enfim, tudo mesmo está intimamente entranhado por leis naturais, ou divinas, conhecidas pela ciência ou não.

            Digo tanto a realidade física como a extrafísica, o dito “espiritual” e o palpável “material”, a vida e a morte, a dor e o amor! Pode ter certeza que esta é uma rede de interações muito mais entranhada e poderosa do que a “internet da coisas” e até a “internet das pessoas”!!!

Fica patente que estou pendendo mais para linha contrária, aquela vista equivocadamente como “materialista” e que, na verdade, distingue-se por procurar encarar os fatos como o são, dentro da realidade cósmica e universal, em verdade a única que existe.

O caminho da Yoga

Tudo isto estaria de fato coerente até me deparar com a parte mais profunda da Yoga, digo a Kriya Yoga,1 esta ciência espiritual que nos conecta a Deus, nosso Criador! E aprender que somos sim 100% responsáveis por tudo o que nos acontece aqui, agora, no passado remoto (ou não) e para todo o sempre. Destino existe sim e um só: a Fonte.

Infelizmente, ou felizmente, não adianta de nada encontrar explicações na providência dita Divina ou naqueles Mestres e Gurus que já se foram e estão ao lado do Pai… Então, a quem poderíamos culpar pelos nossos atos além de nós mesmos? Você mesmo, ou melhor, sua essência que é a alma.

Saiba desde já que ela é a única razão de você existir. É também a única que faz a ponte destes mundos aparentemente incomunicáveis, de mistérios insondáveis aos olhos da realidade puramente material.

É ela, portanto, que precisa ser estudada, entendida a fundo e cientificamente! É a ela que devemos render nossa fé, digo a “raciocinada” e não a “cega” que somente cerceia os indivíduos, as comunidades religiosas e tudo que nos cerca…

            Não me considero um sujeito assim areligioso. Somente defendo a liberalidade de pensamento que propicia a “busca insondável” da Verdade por aqueles que ainda não encontraram a sua fórmula única para uma vida próspera em todas as suas dimensões: material (mental e física neste caso), afetiva (ou emocional) e espiritual (do domínio das almas).

§

Depois de tantas perambulanças nas sendas das crenças humanistas, ora como filósofo, ora como crente, ora como historiador, ora como cientista, mas sempre um racionalista convicto, acho que só agora consegui me reconciliar verdadeiramente com Deus.

Para continuar a leitura, caro leitor, é preciso que admita apenas as duas únicas premissas existenciais do sistema Kantiano:2 1. Deus existe; 2. Somos uma alma. E ao perscrutar seus mistérios, irá descobrir uma nova maneira de encarar a vida: seus percalços e legados, como interagir com outros seres (conscientes ou não), com a natureza, o universo e, o mais importante, como render graças ao Criador, o Deus único que está em cada um de nós!

Não gosto do termo metafísico, espiritual, transcendental, esotérico, astral e tantos outros de origem religiosa ou não (mesmo os agnósticos e ateus) utilizados para retratar algo que sempre foi conhecido, desde os primórdios pelos sábios iluminados da Índia ou na antiguidade greco-romana, simplesmente por Yoga ou filosofia, cujo propósito maior é a eterna busca do homem pela autorrealização. Eu a chamo de teoria da CULTURA DE VALOR.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: uma dialética introspectiva

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Saiba mais:

1. Segundo a Sociedade de Autorealização, entidade fundada por Paramahansa Yogananda em 1920, a Kriya Yoga consiste em técnicas avançadas de meditação, cuja prática regular conduz à união com Deus e à libertação de todo tipo de escravidão da alma. É a técnica régia ou suprema de yoga, a união divina. Para mais detalhes acesse AQUI

2. Destaco aqui a introdução por Marilena de Souza Chaí, em Vide e Obra de Immanuel Kant, de Os Pensadores, São Paulo, Editora Nova Cultural, 2000. 

Sobre a ÉTICA EVOLUCIONISTA (parte II)

Extraído do prefácio da obra ÉTICA EVOLUCIONISTA: a razão da moral

#ricardobarreto #éticaevolucionista #filosofia #ética #henribarreto #prefacios #escândalos #códigosmorais #moral

Chamo a atenção dos leitores para o título da obra “Ética Evolucionista: a Razão da Moral”, o qual diz per si que a ética é dinâmica e que leva à compreensão da moral.

Podemos também observar que houve uma preocupação de pesquisar e citar autoridades clássicas e atuais da ética e moral que balizaram seu trabalho, procurando transmitir as diversas opiniões sobre o assunto e que contribuíram para a evolução do ser humano.

Desta forma, para analisá-la, necessário se faz antes de mais nada uma menção aos mais antigos códigos morais da humanidade.

Códigos morais

Através das religiões tribais, ainda presentes em nossos dias, podemos vislumbrar as virtudes esquecidas pela civilização de hoje, que o homem procurou regular diante da sociedade através da mitologia e da metafísica. 

Historicamente, podemos afirmar que os mais antigos códigos morais, como o de Hamurabi, preconizavam a vingança social do “olho por olho dente por dente” e influenciaram nossa civilização de hoje. 

Entretanto, foi o judaísmo que nos deixou o maior legado, através dos “dez mandamentos de Deus”, considerado o maior código de conduta do homem, o qual Jesus preconizou seu cumprimento e o resumiu na lei universal do amor, hoje sacramentada por todas as religiões cristãs.

Ética e moral

Neste ensaio filosófico, o autor procurou mostrar a diferença entre ética e moral, exemplificando-as de maneira simples e atual, sem dogmatizar ou se prender a termos filosóficos e definições cansativas.

Percebe-se, igualmente, sua independência quanto às diversas correntes filosóficas e religiosas, procurando enfatizar aquelas que agem de maneira mais racional e livres de preconceitos ou dogmas, que interfiram no livre arbítrio e na liberdade de pensar.  

Outro aspecto interessante de seu ensaio é o de mostrar a atual tendência de globalização social, política e econômica, devido ao avanço da ciência nestes últimos séculos; demonstra ainda estarmos muito longe do avanço ético-moral idealizado.

Escândalos pra quê?

Foram abordados escândalos e aspectos bem atuais como a estética e a netica (ciência da informação), assim como um assunto muito em voga nos dias de hoje, que é a ética aplicada na política.

Um exemplo de corporativismo antiético, citado pelo autor, foi o do escândalo da Parmalat, ao qual poderíamos acrescentar outros como o da indústria armamentista, tabagista e farmacêutica, fabricantes de armas destruidoras, cigarros, a talidomida e o agente laranja, drogas estas que mataram e continuam matando milhões de pessoas. 

Não podemos nos esquecer que escândalos políticos foram fartamente registrados na antiga Grécia e Roma, como também por um de nossos mais brilhantes políticos: Rui Barbosa.1

Mediante tanta imoralidade, vamos agir e lembrar um dito de Luther King,1 em defesa dos justos e da não violência, a saber:

“O que mais me preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética; o que mais me preocupa é o silencio dos bons”.

§

Assim, todos nós, leitores, podemos acompanhar, neste ensaio, a evolução sob os seus dois aspectos essenciais, ou seja, o existencial e o moral nos diversos campos da ciência.

Gostaríamos de finalizar a leitura deste trabalho acrescentando um antigo preceito de que “nada imoral pode ser justo e nada injusto pode ser Moral”. Assim sendo, toda lei ou regra justa deve fundamentar-se na ética e na lei moral.

Campinas-SP, primavera de 2007

Por Henri B. F. Barreto, meu pai, químico pesquisador e profundo conhecedor da doutrina espírita!

Créditos:

Autoria por Henri Barreto. Edição por Ricardo Barreto

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Saiba mais:
  1. Barreto, Ricardo de Lima, ÉTICA EVOLUCIONISTA: a razão da moral, 1a ed. Editor-Autor, 2008.

Sobre a ÉTICA EVOLUCIONISTA (parte I)

Extraído do posfácio da obra ÉTICA EVOLUCIONISTA: a razão da moral

#ricardobarreto #éticaevolucionista #filosofia #ética #poetasbrasileiros #silvabarreto #posfacios #livre-pensamento #éticacientífica #éticareligiosa

Nada mais feliz foi a decisão do moço Ricardo de Lima Barreto, ao escolher para o pórtico desta obra a figura magistral de Rui Barbosa, um dos maiores pensadores brasileiros. Foi uma espécie de decisão mística, ao invocar inspiração para um trabalho literário repleto de locuções lítero-filosóficas.

Seria muito mais fácil apreciar esta obra se ela não tivesse nenhuma conotação com os mistérios da vida. Entretanto, não é o caso presente. A profundidade de suas pesquisas, principalmente na área da metafísica, da ética e da moral, obriga-nos aguçar nossa mente nas raízes dos conceitos. Se assim não fizermos, seremos arrastados pela torrente de seu raciocínio e, conseqüentemente, pelas suas conclusões.

Recomendo a leitura, com carinho, dos referidos capítulos, “Ética Científica e o capítulo neológico Nética, cujo valor está nas análises meticulosas que o autor fez, principalmente neste último onde fez várias indagações, duvidando que as informações obtidas possam contribuir para a nossa felicidade (Leia o meu poema “A Procura da Felicidade”, onde, como poeta a encontrei).

Sobre o livre-pensamento

O conceito mais profundo aqui examinado foi o metafísico do “Livre Pensamento” que eu, um antigo ATEU, passei para o materialismo para evoluir e me fixar, finalmente, na moderna filosofia do “Livre Pensamento”.

Não se trata, na realidade, de um “Pensamento Livre”, mas, sim, de um “Livre Arbítrio” para apreciação de cada preceito religioso sem interferir ou condenar os fundamentos filosóficos de cada um, desde que praticados fielmente e, principalmente, sem fanatismo que constitui um execrado mal de todas organizações sociais e religiosas.

Luto pela perfeição de todos os preceitos sadios que regem uma sociedade humana, sejam eles de caráter físico ou metafísico. Até um Código de Hamurabi, com seu princípio feroz do “olho por olho, dente por dente” poderia ser melhor interpretado e adaptado à velha Mesopotâmia sem a filosofia da “Justiça Vingativa”.

O que mais me impressionou, conforme já disse anteriormente, foi sua perspicaz análise do denominado “Livre Pensamento”, corrente filosófica que eu abraço e que combate o maior inimigo da liberdade religiosa – o fanatismo.

Sobre a matéria, Ferrater Mora, no seu Dicionário de Filosofia vol. II, pág. 57, muito bem a apreciou. Diz ele que o termo Livre Pensador pode tomar dois sentidos: um amplo e outro restrito.

No primeiro sentido chama-se “Livre Pensador” todo aquele que não aderiu a um determinado dogma. Nesse sentido são os libertinos, os libertários, ou seja, anarquistas, inimigos de todo governo, não entendidos como sectários, que segue uma seita. No segundo sentido se chama “Livre Pensador” os diversos grupos de pensadores dos séculos XVII e XVIII, especialmente na Inglaterra e na França.

A característica predominante dos “Livre Pensadores” franceses e ingleses era predicar a tolerância religiosa e aplaudir o racionalismo. Os livre pensadores em questão rechaçaram, quase sempre, os mistérios sobrenaturais e os dogmas das Igrejas oficiais; às vezes admitiam um cristianismo primitivo, em seu entender mais puro. “A veces opusieron el Estado a la Iglesia como medio de fomentar la tolerância religiosa” (Ibidem).

Sobre a ética religiosa

Todas as religiões tiveram, como preceito positivo, a prática do bem. O fanatismo, entretanto, destruiu, em quase todas, este preceito ético, desvirtuando-as.

Em um dos capítulos o autor desta obra exalta a caridade como sendo o maior legado do ser humano. Sempre professei uma filosofia contrária à caridade. Sobre o assunto escrevi:

“A caridade é a maneira pela qual compensamos nossas faltas, dando a algum mendigo as sobras de nosso prato. Se sonhamos com o céu, ela visa a compra de um passaporte para esse Paraíso após a morte. Se nele não acreditamos, nada mais representa do que uma descarga do peso de nossa consciência, porque a esmola é um vilipêndio, é um ultraje à honra de que foi vencido na luta pela vida por aquele que a natureza dotou com superior capacidade física e mental”.

Sobre a ética científica

Não poderemos afirmar que, neste trabalho, há o melhor e o pior capítulo porque o autor primou pela busca da perfeição em todos eles. Entretanto, eu, particularmente, prefiro o capítulo “Análise V – Ética Científica”, de inspiração Nietzschiana como de conteúdo mais profundo e sem qualquer afirmação discordante de meu entendimento.

No capítulo “Ética Científica”, o autor expõe as muitas iniqüidades cometidas contra aqueles que ousassem pensar além dos limites impingidos pela “Santa Igreja”. Taxados de bruxos, muitos cientistas foram considerados hereges pela Igreja Católica e queimados vivos nas fogueiras por causa de suas ideias tidas como revolucionárias.

A este respeito foi publicado, recentemente, um livro do Acadêmico Arnaldo Niskier, ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, “Branca Dias – O Martírio”, muito ilustrativo que merece ser lido por todos que desejam conhecer a verdade histórica da Inquisição, mancha negra de um período do falso cristianismo que contrariou a pregação do próprio Cristo.

§

O valor deste livro está na profundidade analítica dos temas que o autor, bem novo, avançou com coragem em busca de soluções, principalmente filosóficas e religiosas.

Finalizando o presente Posfácio, já muito longo, não poderei deixar de reconhecer a bem elaborada análise das duas principais proposições: A ÉTICA E A MORAL.

Acredito, piamente, no êxito desta publicação, sem entrar nas apreciações Kardecistas de um dos capítulos e do Prefaciador.

São Paulo, primavera de 2007

Por Silva Barreto, meu avô, procurador do estado de São Paulo, profundo intelectual e POETA aclamado, com mais de 20 livros publicados!

Créditos:

Autoria por Silva Barreto. Edição por Ricardo Barreto

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Saiba mais:
  1. Barreto, Ricardo de Lima, ÉTICA EVOLUCIONISTA: a razão da moral, 1a ed. Editor-Autor, 2008.

VALOR: dimensões e agentes de mudanças

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #dimensõesdevalor #agentesdemudanças #entidades #entidadesautônomas #stevejobs #friedrichhayek #satisfaçãodenecessidades #satisfaçãodedesejos

Para entendermos o conceito mais abrangente de INTELIGÊNCIA, antes de mais nada, é preciso conhecer quais são os insumos que alimentam os processos que levam a ela, mais precisamente os dados, a informação e o conhecimento! Leia atentamente a seguinte frase (mantida propositalmente em sua língua original):

Today it is almost heresy to suggest that scientific knowledge is not the sum of all knowledge […] It is with respect to this that practically every individual has some advantage over all others because he possesses unique information of which beneficial use might be made, but of which use can be made only if the decisions depending on it are left to him or are made with his active cooperation.

Alguma ideia de quem escreveu e quando esta frase foi publicada? Muito provavelmente deve ter chutado algum geek famoso do Vale do Silício em algum momento após a invenção da internet. Então, pasmem! Foi publicada em 1945 pelo ganhador do prêmio Nobel de economia Friedrich A. Hayek. 1

Sem mais delongas, vamos assim iniciar nossa jornada rumo à proposta de uma metodologia aplicada aos processos de tomada de decisão, chamada inteligência de valor e especificamente voltada para assistir na prosperidade das pessoas, organizações e nações!

Antes disso, no entanto, precisamos lançar mão de um conceito ainda mais amplo… Eis que surge o pano de fundo para definir VALOR!

O que é valor?

O primeiro passo para se tipificar “algo” como valoroso, seja lá o que for, é que se tenha um propósito para sua existência. Via de regra, em se tratando de “entidades”, são normalmente questões relacionadas à satisfação de suas necessidades ou desejos. Sendo assim, a priori, definiremos “valor” mais ou menos assim (definições nunca são tão precisas, mas precisamos delas mesmo que Nietzsche se zangue com isso…):

Tudo aquilo que se deseja acumular e/ou manter ao longo da existência de uma “entidade”.

Ao contrário do que podem estar pensando, uma ENTIDADE sempre representa, pelo menos aqui, um conjunto complexo de processos e estruturas regidos por algoritmos variados que disparam ações, afetando o meio em que se encontram inseridas.

Uma entidade pode, portanto, ser autônoma (ex. seres humanos) ou controlada (ex. robôs). Pergunta: você estranharia se um robô tivesse somente desejos ou se um ser humano vivesse somente da satisfação das suas necessidades, certo? Bem, deixemos estas questões para as ciências cognitivas, desde que muito bem amparadas pela antropometria e pssicometria, por favor!

Vamos entender, outrossim, como satisfazer uma necessidade ou desejo de uma entidade, seja ela autônoma ou controlada. Uma necessidade é algo que a entidade precisa para realizar uma atividade momentânea capaz de afetá-la “positivamente” ou o meio ao seu redor. Já o desejo envolve o atingimento de objetivos previamente estabelecidos, ou seja, planejado com antecedência.

Por ser premeditado, mexe profundamente com as nossas “expectativas de valor”. Temos aí a origem de muitas das frutações do mundo atual que decorrem justamente do gap existente entre o “valor esperado” versus “valor percebido”. E ele é diretamente proporcional à carga emocional naturalmente envolvida na satisfação dos desejos…

Dimensões de valor

Não há, portanto, nada de errado em robôs terem desejos e humanos necessidades. Somos todos (humanos e robôs) como um VETOR apontando sempre em uma das seguintes “dimensões de valor”: a pessoal, profissional e social.

Independente do desejo ou da necessidade, para se “criar” ou “destruir” valor, é preciso de um “agente de mudanças”, cuja influência é capaz de alterar a grandeza deste vetor. Tal agente pode ser um individuo, uma organização ou o próprio Estado.

Figura i.1. Dimensões de valor e os tipos de agentes de mudança.

Para exemplificar, não poderíamos deixar de exaltar o caso emblemático de Steve Jobs, tratado aqui como mais uma entidade autônoma que simplesmente fundou aquela que seria por muito tempo a empresa mais valorizada do mundo. Veja suas últimas palavras sobre o legado da Apple, já no estágio terminal do seu câncer: 2

Minha paixão foi contruir uma empresa duradoura, onde as pessoas se sentissem incentivadas a fabricar grandes produtos. Tudo o mais era secundário. Claro, foi ótimo ganhar dinheiro, porque era isso que nos permitia fazer grandes produtos. Mas os produtos, e não o lucro, eram a motivação.

Observe que ele encarava a Apple como um poderoso “agente de mudanças”, muito embora a raiz da sua motivação fosse, na verdade, o valor do empreendedorismo que o movia rumo à satisfação de um único desejo: a criação de grandes produtos como assim o foi e continuam sendo o iPhone, iTunes, Toy Story e tantos outros!

§

Estes produtos e serviços, considerados miraculosos no mundo moderno, somente puderam nascer graças aos avanços tecnológicos que observamos nas últimas décadas. No entanto, não devemos nunca nos enganar! Por trás de tanta tecnologia, sempre há uma complexa estratégia de negócios…

Sendo assim, antes de falarmos de big data, algoritmos de relevância, inteligência artificial, machine learning e sistemas de recomendação, comecemos pelos primórdios: os processos de inteligência! Vamos lá?

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: metodologia aplicada aos processos de tomada de decisão

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Saiba mais:

1. Hayek, Friedrich A. The Use of Knowledge in Society, 1945.

2. Walter Isaacson, Steve Jobs: a biografia, São Paulo: Companhia da Letras, 2011.

VERDADE: caminho da redenção

#ricardobarreto #livrovivo #poesiafilosófica #redenção #verdade #humanidade #extremismo #evolução #nietzsche #moralidade #sensocomum

Pois bem. Ter certeza pra quê?

Doce ilusão. A chaga da humanidade,

Que está fadada à tristeza!

§

Somente a dúvida orienta.

Ah, o extremismo…

Maior inimigo da evolução!

§

O que é “verdade” afinal?

Como Nietzsche já o sabia,

Sábios os que guardam suas verdades,

sabendo que são falhas, temporárias…

§

Viva o senso comum de moralidade!

Este sim: atributo divino…

Que nos conduzirá, fatalmente,

ao caminho da redenção.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

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Saiba mais:
  1. Barreto, R. L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed., Editor-Autor, 2003.

GRISHA

#ricardobarreto #éticaevolucionista #filosofia #ética #comportamentoético #paixão #conjecturadepoincaré #fieldsmedal

Após discorrer sobre os mais variados temas que encerram a ética como questão central, gostaria que o desfecho nos remetesse ao ato de “filosofar”, no sentido mais nobre da palavra…

Para o Dalai Lama, a vida se resume a uma constante busca pela felicidade, a qual não pode ser outra coisa senão a satisfação das paixões ou ambições.

É exatamente neste ponto que se encerra o cerne do que fazemos: quem não tem paixão pela vida, em verdade, já deixou de vivê-la! Nunca devemos perder esta motivação, nem sequer pelos mais insondáveis motivos…

Verdadeira paixão

A paixão de que falo não é aquela de um romance profundo, nem tampouco do novo emprego que invariavelmente nos empolga por algum tempo, outrossim a paixão gerada por aqueles atos singelos que muitas vezes nos passam despercebidos na correria do dia-a-dia.

Falo da luz do sol que esquenta a pele nos dias de inverno, da brisa refrescante batendo no rosto ao entardecer, do sabor inigualável de um pãozinho francês “fresquinho” que acabou de sair do forno, da chuva que cai sobre as plantas no início da noite exalando um aroma indescritível!

Preze-se, caro leitor, o fato mais elementar de estarmos vivos, com os sentidos aguçados (ou mesmo parte deles) que nos permitem este salutar intercâmbio de energias e sensações.

Paixão. Um dádiva da “mãe-natureza” que nos revela a perfeição e imutabilidade das leis que a regem, causa e efeito, obra do Criador.

Mas como as paixões humanas (as ilusórias) nos motivam? Quais são seus efeitos e como nos controlar diante deles? Eis o segredo da verdadeira felicidade. Não há dúvidas de que as paixões descontroladas podem ser prejudiciais à nossa vida, sob os mais diversos aspectos.

Retro-análise mental

Para evitar tais desatinos, sempre que estivermos apreensivos sobre o que fazer, seja numa decisão profissional ou até mesmo numa discussão familiar, cabe um momento de autorreflexão.

Pare, respire fundo e avalie a situação antes de reagir. Esta é uma atitude introspectiva e não deve ser compartilhada no momento em que acontece. Então, sem pressa, proceda à seguinte retro-análise mental:

  1. Qual reação eu poderia ter? Pelo menos 3 alternativas;
  2. Para cada reação, ache uma paixão correspondente;
  3. Descubra que tipo de sentimento está por trás dessa paixão;
  4. Eleja a mais coerente com seus princípios éticos e morais;
  5. Reaja então em sintonia com a sua Consciência.

Parece ser um procedimento simples, mas garanto que, se todos o fizessem antes de tomar uma atitude intempestiva, não sofreriam as consequências trágicas de um desatino que pode abalar irreversivelmente suas vidas…

Comportamento ético

Em meados de 2006, veiculou-se na imprensa uma notícia nem um pouco comum. Chamou-me especialmente atenção o título: “Gênio Russo Rejeita Nobel da Matemática”.

Este indivíduo chama-se Grigory Perelman. Figura tipicamente “nerd”: ruivo, barbudo, com seus trinta e poucos anos na época que trabalhava anonimamente no Instituto de Matemática Steklov em São Petersburgo.

Seu feito: simplesmente resolveu aquele que é considerado um dos sete maiores problemas matemáticos do milênio, a Conjectura Poincaré. Só para se ter uma idéia do que este feito pode representar para a humanidade, segue um trecho da referida reportagem:

“A resolução de Perelman tem profundas implicações para ciência. Segundo especialistas, ela permite que se faça um catálogo de todas as formas tridimensionais possíveis no universo, o que significa que poderíamos descrever a forma do próprio cosmos”.

Durante um século, cientistas de todo mundo tentaram, em vão, resolvê-la. Por sua vez, “Grisha” (seu pseudônimo) alcançou a resolução em nada menos do que 34 páginas e, ao invés de publicá-la em uma renomada revista científica, optou tão-somente por divulgá-la na web para o domínio público em novembro de 2002.

 O que tanto nos choca, sem sombra de dúvidas, é o seu desprendimento das devidas honrarias pelo feito, tendo negado aquele que é considerado o Nobel da matemática: o prêmio Fields Medal (e mais o equivalente a 1 milhão de dólares em sua conta bancária).

§

Pessoas como Grisha, assim como Cristo, Da Vinci, Ganghi, Einstein, entre outros pouquíssimos exemplos, agem por paixão (a verdadeira) e não por dinheiro, reconhecimento ou qualquer outro tipo de recompensa ilusória.

Segundo sua lógica, o problema foi resolvido, visando o bem da maioria (o grande intuito da ética) e isso é tudo que o mais interessa. Alguns, fatalmente, podem falar: “utópico demais”. Eu digo: sem palavras! Pena que o dom da genialidade conjugado com caráter é para muito poucos, os eleitos…

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

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Saiba mais:
  1. Barreto, Ricardo de Lima, ÉTICA EVOLUCIONISTA: a razão da moral, 1a ed. Editor-Autor, 2008.
  2. Cutler, H.C. A Arte da Felicidade, 2000, Martins Fontes, 17.
  3. Portal do jornal O Estado de São Paulo: estadao.com.br (acessado em 22 de agosto de 2006).

Ascensão: ode aos andarilhos

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Em homenagem aos “andarilhos”,

que pela vida passam em prantos,

aí vai meu trocadilho:

§

Melhor passar por poucas e boas,

do que infinitas muitas e ruins!

§

Assim o somos, na eterna busca,

Quando a jornada não tem destino…

Vivemos exaustos, sem rumo,

Pelas sombrias e tortuosas ruas da vida.

§

Mas a luz que emana do Criador,

alumia o caminho de todos,

mesmo os mais embrutecidos…

Basta conexão.

§

Qual sopro divino,

nos livra do efêmero,

e nos revela a Verdade,

que é uma só!

§

Que na sucessão da vida,

grande escola do espírito imortal,

nos ensina o caminho único:

o da Ascensão.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

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Saiba mais:
  1. Barreto, R. L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed., Editor-Autor, 2003.

ÉTICA SEXUAL – parte II

#ricardobarreto #éticaevolucionista #filosofia #ética #éticasexual #atraçãosexual #infidelidadeconjugal #celibato

Voltando nossa atenção agora para certas questões de estética, é indiscutível que gosto é gosto, mas mesmo assim podem-se prever certos padrões de beleza baseados em estudos de simetria e harmonia.

No Brasil a coisa fica ainda mais difícil, num país onde a herança colonizatória gerou uma riquíssima diversidade étnica que possibilitou o surgimento de padrões de beleza um tanto quanto exóticos…

Vamos entender, afinal, o que gera em nós essa apreciação e desejo quase que compulsivos pelo sexo e não pelo “belo” necessariamente?

Além da testosterona

Segundo pesquisadores ingleses, a atração sexual ocorre numa fração de segundo, somente o tempo necessário para desencadear uma complexa seqüência de impulsos bioquímicos a nível molecular, conforme descrito:

A atração começa no hipotálamo, área do sistema nervoso responsável pela produção de hormônios que controlam características do organismo como a fome, o sono e o humor. Dali envia-se uma mensagem à hipófise, que produz hormônios para as glândulas sexuais. Essas reagem produzindo estrogênio, progesterona e testosterona. Em seguida, o coração dispara, os músculos tencionam e o impulso está dado.

Imaginem só o caos que seria se o impulso fosse efetivo a cada pessoa atraente que nos deparássemos pelas ruas?! Ainda bem que a razão, na maioria dos casos, fala mais alto… Mesmo assim, algumas pessoas, especialmente os homens, não conseguem controlar como deveriam seus impulsos sexuais mais íntimos. E o pior é que isto acaba por gerar sérios conflitos éticos, quando não chega a casos mais extremos, tais como estupros, pedofilia e até mesmo a necrofilia. 

Estes são desvios psicossociais inconcebíveis que merecem medidas enérgicas por parte da justiça criminal. Não se pode sequer imaginar o que é “sentir na pele” o estupro de uma esposa ou o abuso sexual de uma filha. Quando se leva para o lado pessoal, todos os padrões ético-sociais são deixados de lado.

Considero que a reabilitação, nestes casos, é irreversível num curto espaço de tempo, o que justificaria a pena perpétua, mas em condições humanas e não segundo o vergonhoso sistema prisional brasileiro que mais corrompe do que corrige.

Voltando ao caso dos impulsos sexuais mais controláveis, temos ainda uma constatação científica muito curiosa para averiguar: mulheres que dormem ao lado de um homem tendem a menstruar e ovular mais regularmente ao mesmo tempo em que, nesse homem, a barba cresce mais rápido.

São muitos os benefícios de uma vida sexual mais estável.  Acredita-se que o controle hormonal, na prática, faz bem para a pele, o humor e até melhora a memória. Portanto, é perfeitamente natural essa nossa constante busca pelo parceiro ideal. Respeito o celibato, desde que seja uma opção do livre-arbítrio em caráter de devoção missionária e não imposta por dogmas religiosos.

Semelhante atrai semelhante     

Depois de analisadas as bases fisiológicas e sociais que regem a atração sexual, verificaremos então alguns comportamentos resultantes desse intrincado balanço físico e mental. Muitos estudos comportamentais foram realizados por psicólogos ao redor do mundo a esse respeito, não obstante, cabe salientar algumas constatações curiosas feitas por alguns deles…

Quase como uma premissa, todos apontam que, no campo dos relacionamentos, assim como na natureza, semelhante atrai semelhante (lei de afinidades). Seja pela aparência física, ou pelo estilo de vida, o fato é que pelo menos 80% dos casais são semelhantes em quatro fatores:

  1. Faixa etária;
  2. Grau de escolaridade;
  3. Religião;
  4. Raça.

Isto sem mencionar a questão de nível social que ainda impera fortemente em nossa sociedade, mesmo que de forma mais velada em muitos casos… Quem não conhece alguém que tenha se casado por interesse, deixando de lado o seu verdadeiro amor?

As pessoas nem imaginam o verdadeiro “crime” que cometem contra si mesmas ao reprimirem seus sentimentos em nome de interesses puramente mundanos. Faltam com a ética pessoal contra si mesmas, contradizendo seus princípios morais, o que certamente comprometerá todos os seus planos futuros de felicidade.

O único consolo é que, nos relacionamentos mais superficiais, com o tempo e a convivência, os parceiros acabam estabelecendo vínculos fugazes, mas ainda assim sinceros, porque todos, sem exceção, carregam pelo menos alguma qualidade latente que acaba por ser valorizada pelo companheiro…

Lei da oferta e da procura

Outro fato curioso foi confirmado pelos pesquisadores da Universidade de Louiswille nos Estados Unidos: quando uma mulher mostra interesse por um homem, ele se torna mais facilmente objeto de desejo das demais.

Parece uma praga! Quando se está sozinho, as coisas ficam ainda piores e prevalece a percepção de que ninguém se interessa por nós. Basta começar um novo relacionamento que logo começa a “chover” pretendentes. É a força do desdém em ação, muito parecida com a tal “lei da oferta e da procura”…

Ou seja, quando ninguém tem interesse por determinado indivíduo, seu “valor” cai e poucos se interessam por suas “ações”. Ao aparecer um pequeno “investidor”, desperta-se imediatamente a atenção dos outros, “inflacionando” o valor do indivíduo outrora menosprezado. Por isso que a aparência e autovalorização não deixam de ser formas de “especulação” que ditam, em grande parte, o sucesso na nossa sociedade.

Sim, “beleza traz dinheiro”! E quem não se lembra daquele ditado que “depois de uns bons copos de cerveja não existe mulher feia”. Pois é: pesquisadores descobriram que, realmente, após cinco copos de cerveja, cerca de 25% das pessoas perdem completamente seus padrões de beleza. E não adianta reclamar de dor de cabeça no dia seguinte…

Encontraram explicações até para o ciúme excessivo. Dizem que as pessoas mais feias são também as mais ciumentas. Isto porque, como são menos atraentes e inseguras, temem mais pela perda do parceiro. Dá para acreditar mesmo sendo pesquisa científica?

§

Afinal, espero somente que fique registrada a mensagem mais importante de que o sexo não tem nada de errado, muito pelo contrário! Só não deve ser encarado como diferencial para escolha do parceiro de toda uma vida.

A construção de um relacionamento duradouro vai muito além da testosterona! Lembrem-se: esta só serve, quando muito, nos primeiros meses de relacionamento… A paixão é efêmera, mas o amor verdadeiro dura pela eternidade.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

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Saiba mais:
  1. Barreto, Ricardo de Lima, ÉTICA EVOLUCIONISTA: a razão da moral, 1a ed. Editor-Autor, 2008.
  2. Daniela Pinheiro, Veja, 2004, 1837, 74-81.

ÉTICA EVOLUCIONISTA: a razão da moral

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Pode um indivíduo ser ético sendo amoral? Ou primar pela moral e faltar com a ética??? Este é o cerne desta apresentação que sintetiza o conteúdo abordado no livro que leva o mesmo título.

Tópicos:

  • Qual é a natureza da ética?
  • Em que constitui sua ética pessoal?
  • Como conceber um juízo moral?
  • Como tomar uma decisão ética?
  • O que fazer para levar uma vida social segundo seus padrões éticos?

Acesse AQUI

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

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Saiba mais:
  1. Barreto, Ricardo de Lima, ÉTICA EVOLUCIONISTA: a razão da moral, 1a ed. Editor-Autor, 2008.

SOFREGUIDÃO: lições de amor *

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A embriaguez da mente,

no torpor da dor…

Qual ferida pungente,

ameniza o amor!

§

Sofrendo e ensinando,

estes “pobres de espírito”…

Na Terra, só desencantos.

Na morte, esplendor garrido!

§

Muitos por eles oram,

compadecidos…

Outros os ignoram,

desapercebidos!

§

Doutos d´alma,

mestres da dor…

Em seu leito de morte,

professam o amor!

* Homenagem ao grupo assistencial Socorro Fraterno de meus pais no CEAK, Campinas-SP.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

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Saiba mais:
  1. Barreto, R. L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed., Editor-Autor, 2003.