Da importância do silêncio interior. Como “domesticar” o turbilhão de pensamentos que povoam nossa mente? Comece pela busca do silêncio interior. Eis o templo da introspecção! Você precisa aprender a desligar-se de tudo que o rodeia, mesmo nos ambientes mais hostis. Só assim você poderá galgar passos rumo à felicidade plena. Imagine alguém que trabalha na bolsa de valores, ligado em qualquer flutuação das ações das empresas que podem representar milhões em perdas para os investidores que representa. É, de fato, um desafio para esta pessoa encontrar algum espaço para o cultivo do silêncio interior ao longo do dia. Mas não impossível! Só depende de você, da força dos seus pensamentos… É ela – sua mente – que gera poder. E é através da sua “controladora” – a consciência – que conseguirá romper os liames do comportamento padrão. Enfim, mantendo os pensamentos sob controle, a consciência pode finalmente gozar da liberdade de moldar o ambiente à sua volta, influenciando-o através das outras consciências. Este “gozo” é diferente de qualquer outro que já tenha experimentado e o único capaz de gerar o otimismo mais genuíno do Ser, aquele que nos impulsiona às grandes realizações.
§ 152
O verdadeiro segredo do otimismo. Que fazer então para despertar e sustentar este otimismo quando ainda não consigo sequer controlar os meus mais instintivos pensamentos? É preciso ir além e manter a constante conexão com o Criador. A energia imanente que dele provem reforça a vibração da nossa consciência, o que resulta na percepção de valor por todos que nos rodeiam. O iogue a perfaz por prana. As orações são bem-intencionadas, mas basta conexão. O Criador não ouve orações, mas suas consciências afins, entes que já se foram ou companheiros da existência terrena, sim. Ele apenas emana, a tudo e a todos, independente de credo, de posição no espaço ou no tempo. Para sorver da sua energia, somente conectando-se e ressonando com ela. Eis o verdadeiro segredo!
§ 153
Meditação versus oração. De uns tempos para cá, temos ouvido falar cada vez mais sobre meditação, inclusive de maneira pejorativa no sentido de que está tomando o lugar da oração e outras formas de culto religioso. Não vejo tal dicotomia. Não seria uma faculdade em franca expansão na cultura ocidental, caso não fosse determinante à nossa existência no plano físico ou sutil.
Meditar é conexão. Orar é doação. Uma recebe “energia divina”, outra a distribui. Simples assim!
A meditação, propalada há tanto tempo entre as práticas budistas e iogues, nada tem a ver com religião, apesar da oração, ou da prática de repetição da prece, seja uma das inúmeras técnicas para se adentrar no tal “estado meditativo”. Outras técnicas de focalização da mente envolvem o controle da respiração, contagem mental, a fixação do olhar num ponto fixo, mantras, entre outras.
Sobre a raja yoga. Era preciso encontrar uma forma de sanar qualquer resquício de melancolia em meu Ser. Comecei a prática da meditação através de uma tradicional técnica indiana: a raja yoga. Em suma, aprendi a repousar minha mente e deixar-me “banhar”, pelo menos por alguns instantes, com as vibrações da energia cósmica imanente (aquela inesgotável que provém da Fonte), o suficiente para sorver da sua paz infinita, do seu poder infinito, da sua pureza infinita, da sua prosperidade infinita, da sua verdade infinita, do seu amor infinito e, no ápice, da sua felicidade infinita! Então, aprimorei a técnica através dos ensinamentos do Swami Vivekananda (um dos pioneiros na ocidentalização da raja yoga)1 e, com o tempo, desenvolvi minha própria rotina de meditação, sempre ao acordar e antes de dormir. No Apêndice poderão encontrar detalhes sobre o passo a passo de cada uma das meditações, de segunda a segunda.
§ 149
Mais, com hatha yoga. Num segundo momento, retomei aos primeiros passos do yoga, por onde aliás deveria ter começado… Voltei a praticar os asanas e pranayanas, mais propriamente as poses e respirações tão salutares à nossa saúde física e mental. Agora não mais “travestidas” de esoterismo e sim na sua essência, a qual somente o Prof. Hermógenes poderia nos revelar… A propósito, foi ele quem trouxe e disseminou a hatha yoga para o Brasil. Sua prática nunca é simples e cada um deve buscar aquela que melhor se adapta. Confesso que minha elasticidade é uma lástima, de modo que me restrinjo aos exercícios com menor grau de dificuldade. Através dos seus livros, o Prof. Hermógenes nos ensina a praticar hatha yoga da maneira mais elementar e introspectiva, em casa mesmo, nos seus momentos de intimidade, sem necessariamente buscar uma academia, um ambiente específico e alunos para interagir. Não que isso não seja recomendável. Talvez no início, para pegar gosto, assim como eu o fiz… O fato é que a hatha yoga é uma prática para vida, de modo que precisa ter seu espaço definitivo em nosso cotidiano. Vou além. Aprendi a gozar da verdadeira felicidade apenas quando conciliei a raja com a hatha yoga! Nunca mais me senti deprimido. Quem pratica yoga com afinco, não sabe mais qual a serventia dos psicotrópicos, nem tampouco de psicólogos e terapeutas holísticos.
§ 150
Da literatura yogue. Os livros do Prof. Hermógenes são ricos em ensinamentos filosóficos, ecumênicos bendizendo. Um deles, em especial, tocou meu coração. É uma verdadeira “pérola” de sabedoria! Tanto que resolvi tirar todos aqueles pequenos livrinhos de cabeceira, ala Minutos de Sabedoria e o deixei reinar, absoluto, em meu criado-mudo.2 Ademais, assim como toda primeira geração de yogues brasileiros, não pude resistir à facilidade com que nos ensina as mais diversas técnicas de hatha yoga, uma seleção de asanas e pranaymas, incluindo séries completas com diferentes propósitos, sempre relatando os benefícios psíquicos e para saúde física. Desde então, não tive mais dúvidas: passaria a praticar hatha yoga diariamente. Não deixem de experimentar. Irá mudar suas vidas!! Acesse, no Apêndice, as 7 séries que desenvolvi com base nos ensinamentos dos livros clássicos do Prof. Hermógenes, bem como do seu guru indiano B. K. S. Iyengar.3
Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos
VOLUME II – CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena
Saiba mais:
1. Swami Vivekananda, Raja Yoga, Lexington, USA, 2016.
2. Hermógenes, José, Mergulho na paz, 25ª ed., Rio de Janeiro: Record, 2001.
3. i. Hermógenes, Autoperfeição com hatha yoga, 50a ed., Rio de Janeiro: Nova Era, 2009. ii. Hermógenes, Yoga para nervosos, 50a ed., Rio de Janeiro: BestSeller, 2015. iii. B. K. S. Iyengar, Light on yoga, Schocken Books, New York, 1979.
A chave da felicidade. Muitos consomem suas vidas buscando a tal chave do sucesso! Entretanto, ao final da jornada terrena, descobrem que não é este tipo de sucesso que gera a felicidade verdadeira, aquela que é considerada um dos 4 “valores de estado”. Mas de onde provém este estado de felicidade ou o seu oposto que é a melancolia? A resposta é tão clara e direta quanto o grau de conexão com o nosso Criador. Simples assim. Muitos confundem felicidade com euforia ou melancolia com tristeza. Apesar do tipo de reação fisiológica assemelhar-se em ambos, a natureza dos neurotransmissores envolvidos nas conexões nervosas, o grau de intensidade é completamente distinto. Uma dica é avaliar o espectro de tempo da sua duração. A euforia (ou a tristeza) são efêmeros: não mais do que minutos, horas, dias, no máximo, algumas semanas. Já os estados melancólicos, ou os felizes, permanecem longos períodos assim, ou seja, são constantes, perenes, sendo raramente afetados por externalidades. Os psicólogos e psiquiatras olham para estes estados sob as óticas mental e/ou fisiológica. Nós olharemos tão somente sob a ótica da consciência que é infalível!
§ 146
O papel da epigenética. Por muito tempo o ser humano perscruta a elucidação do grande enigma qual seja, fisiologicamente, como se dá esta tal conexão das nossas consciências com o Criador? Após longa overdose literária sobre meditação, da yoga ao budismo, percebi que existe um procedimento meio que padrão envolvendo um primeiro passo: concentrar os pensamentos no foco de energia da consciência, mais propriamente situado, quando no plano físico, em um ponto na parte frontal do nosso cérebro. Tomado dessa mentalização energética, devo direcionar meus pensamentos à Fonte, buscando sorver da sua energia imanente, envolvendo não somente a consciência, mas também cada parte integrante de corpo físico, até o nível celular. Sim, essas também são permeadas pela energia que provém da consciência, a energia vital que carrega suas membranas e aciona os canais de comunicação extracelulares. No entanto, o que ainda poucos sabem, é que seu funcionamento sadio está diretamente relacionado com este estado de conexão. Digo poucos porque a ciência ocidental ainda está desvendando a teoria que rege tais conexões. Ela é a epigenética, uma ciência bem recente que estuda os mecanismos que acionam os genes, como um botão de liga e desliga! Está envolvida em todos os aspectos que regem a vida, tais como mudanças reversíveis e hereditárias.1 Vemos, portanto, a ciência médica adentrando num caminho mais que instigante, convergindo com a antiga ciência sagrada da yoga!
§ 147
Da ciência sagrada. Os hindus e outros povos orientais já praticam os estados meditativos de conexão há muito tempo e aprimoraram suas técnicas através das diversas modalidades do yoga, cuja significância pode ser traduzida literalmente a um “estado de união” com o Divino. Quando comecei a praticá-la, confesso que tinha um certo preconceito ocidentalizado da coisa… Isto até que se justifica porque peguei uma primeira professora de hatha yoga esotérica ao extremo! Um dia ela começou a intercalar as poses e respirações e veio com um papo de “planeta chupão” que não deu para segurar… Bem, um bom tempo depois comecei a me aproximar novamente do yoga, desta vez pela necessidade mesmo… Estava numa época tumultuada da minha vida profissional, em que o nível de stress chegou a tal ponto que, se não achasse uma maneira eficaz de equilibrar minha mente, acho que iria entrar em colapso!! Decidi então fazer um breve retiro numa pequena cidade do interior paulista (a tão serena Serra Negra) para fazer um curso intensivo de raja yoga, ministrado pela organização internacional Brahma Kumaris. Ou seja, desta vez eu queria aprender primeiramente a meditar, controlar minha mente, “esvaziá-la” para, somente depois, exercer o domínio sobre os meus pensamentos. É o que chamamos de estados meditativos: ou a ciência sagrada que nos ajuda a atingi-los!
A tragédia dos comuns. Tenha paixão pela vida! Seja, assim, capaz de sustentar a ousadia e disciplina tão necessárias ao ciclo de feedback consciencial. Antes de mais nada, forçoso é desligar o “botão do automático”, aquele que nos impulsiona, dia após dia, pela “tragédia dos comuns”, a vida sem graça, igual à massa, sem propósito… Enfim, não deixe que a “coisa” tome conta do seu Ser! A “coisa” é uma doença, mais propriamente uma síndrome, conforme o mestre iogue Hermógenes já nos ensinava há um bom tempo…1 Independente da esfera de interação (pessoal, profissional ou social), você precisa parar minimamente alguns minutinhos por dia para refletir e tabular suas observações. Mais do que isso, você precisa, de tempos em tempos, de aferir a repercussão do que está fazendo. E, acima de tudo, você precisa de analisar os dados gerados. Nesta obra nos propusemos a apresentar técnicas para realizar estes processos de forma metódica e natural. Basta a disciplina e o esmero necessários ao aprendiz que deseje habilitar-se na arte da autorealização, desvencilhando o Ser da “instituição religiosa” que, por vezes, atrapalha… Urge fazer muitas perguntas e buscar as respostas dentro de si, da consciência e pela interação com outras consciências, bem como a prática das técnicas de conexão com o Criador, rumo ao estado de supraconsciência.
§ 143
A ciência sagrada. Não quero dizer que as religiões de nada valem. Longe de mim propalar tal blasfêmia! Elas são fundamentais ao processo evolutivo de todo Ser. Acontece que, na forma de instituição humana, elas começam a perder o sentido a partir de certo grau de depuração da consciência, em que os estados de supraconsciência passam a ser mais constantes e as amarras do plano físico deixam paulatinamente de ter efeito. Neste estado, o estudo da consciência e das suas interações, física e sutil, passam a fazer muito mais sentido… Estes estudos compõem o arcabouço de uma ciência sagrada milenar: a Ioga. Por isso, instigo o leitor, quase como uma missão, a conhecer esta ciência, degustando-a e experienciado-a aos poucos, em doses homeopáticas, como o néctar que dá a energia para as asas que vibram a beleza de um beija-flor!
§ 144
Amor maior. A ciência da Ioga é sagrada porque nos conecta a Deus. Mas como saberei que atingi tal conexão? Já ouvi muitos religiosos dizerem que “conversaram” com Deus, pela oração ou meditação, mas em verdade pouquíssimos Seres atingem, de fato, tal proeza… Conectar-se a Deus significa amar sem limites. Não existe amor maior que ele: o amor de Deus. Como enxergar a luz divina a todo instante, em tudo e em todos?! O guru Paramahansa Yogananda, um dos poucos que viveram na Terra nas últimas décadas e conseguiram vivenciar esta dádiva, por falta de palavras mais apropriadas, descreve a experiência mais ou menos assim:
Um único lampejo do amor divino equivaleria à soma de todos os prazeres humanos imagináveis e inimagináveis, mesmo que durassem por toda a eternidade!
Estou lendo as confissões de Santo Agostinho e confesso que fiquei encantado com a profundidade e sabedoria das suas palavras.2 Tomei-o, desde então, como exemplo de um cristão que, pela dor aliada ao conhecimento, encontrou o caminho para Deus aqui mesmo, em vida, mesmo já tendo passado por tantas tentações e pecados, por assim dizer… Em verdade, o amor na sua forma mais pura nos une à essência divina que se encontra dentro de cada um de nós. Basta vibrar em consonância com o “Espírito Santo”, o espírito é Deus!
Verdadeira felicidade. Então quer dizer que o valor da felicidade não se propaga? Estranho pensar numa alegria que não seja contagiante… Veja, não se trata aqui da “alegria exterior”, aquela que se manifesta de maneira desmesurada, pela gargalhada ou galhofa. A felicidade verdadeira é contida, mais propriamente uma alegria silenciosa que se manifesta no “Eu” interior pelo profundo sentimento de prazer e complacência magna em existir, uma gratidão sem limites por aquele que nos criou a sua imagem e semelhança… É a simplicidade capaz de apreciar o “agora” ao contemplar com leveza o vento batendo nas árvores, ouvindo o farfalhar da folhas da árvore de eucalipto exalando seu perfume tão gostoso no ar e se integrando àquele momento que se torna único, como parte do Cosmo, aguçando a Cosmovisão!!
§ 140
Consciência enxuta ou lean consciousness. Sim, mas quais seriam os processos mentais para elicitar estes valores de estado ou despertar a prática dos valores de ação? Não poderia deixar de voltar neste que talvez seja um dos pontos mais importantes desta obra! Vamos agora entender o conceito da “consciência enxuta” ou lean consciousness, extrapolando para sua língua originária. Na verdade, este conceito é uma transposição do universo empresarial, mais especificamente do movimento lean startup, propalado por Eric Ries.1 Recomendo a leitura do seu livro para o devido aprofundamento no tema. E, ainda mais importante, vamos aprender uma nova técnica para colocá-lo em prática no nosso dia a dia, em cada uma das nossas atitudes. Ah, se tivéssemos a mesma disciplina dos grandes gestores empresariais para gerar valor em nossas vidas…
§ 141
Um processo cíclico de feedback consciencial. Falando em disciplina não poderia deixar de propor um processo para facilitar a geração de valor em nossas vidas através dos seguintes passos: Construa, Meça e Aprenda. Trata-se, em realidade, de mais uma adaptação do feedback loop de Eric Ries. Sim, nossas consciências são como as startups de Eric! Neste caso, são entidades não temporárias que transformam suas crenças em valores e não ideias em produtos inovadores… À medida que estas consciências interagem umas com as outras (nossos clientes) são gerados ciclos de feedbacks contínuos, alimentando uma enorme base de dados que fica registrada em nossa memória, os quais podem ser qualitativos (como os comentários sobre um post seu no facebook) ou quantitativos (como a razão do número de curtidas do referido post e o número de conexões da sua rede de amigos). Veja que o “mundo virtual” oferece ferramentas incríveis para medir suas interações no “mundo real”! O diagrama a seguir dá uma visão clara do fluxo deste processo cíclico de feedback consciencial.
O ciclo de feedback consciencial é, portanto, uma técnica de aceleração da evolução da consciência. É como numa empresa: aqueles que gerarem os melhores resultados, conjugando eficácia com eficiência, são os que irão crescer rapidamente nos altos escalões da empresa, galgando os maiores salários, muito embora, diga-se de passagem, que isto não seja o que interessa, no final do dia, aos que estão lendo estas palavras…
Certa feita, precisava obter informações mais detalhadas sobre o mercado internacional de cimento e fiz uma pesquisa preliminar na Internet. Para minha surpresa, os únicos documentos que “prestavam” eram pagos e, diga-se de passagem, muito bem pagos (alguns custando até milhares de dólares)…
Tentei, então, contato com entidades setoriais e, mais uma vez, além de algumas poucas informações interessantes por telefone, nada além disso e, claro, mais uma proposta de serviço pago… Este um pouquinho mais barato do que as empresas internacionais provedoras de informação de mercado como a IHS Markit.
Pois bem. Apenas constatei, na prática, o velho de ditado de que informação é dinheiro… [rss]. Foi assim que finalmente descobri a importante diferença de fonte secundária versus fonte primária e o quão importante é saber navegar neste universo, em especial quando se trata de informações de mercado.
Portanto, caro leitor, não perca as informações que se seguem e aprenda definitivamente como se busca informações de mercado, altamente estratégicas e a custo ZERO!
Seleção das bases de dados de mercado
A Organização Mundial do Comércio (OMC) obriga que todos os países declarem suas informações de comércio exterior, respeitando as boas práticas de transparência internacional nos negócios. Tais informações são congregadas numa base de dados das Nações Unidas não tão conhecida, porém extremamente importante: a UN Comtrade.
Esta base de dados de mercado permite verificar os fluxos de importação e exportação de bens e serviços entre todos os países de maneira indiscriminada, propiciando a busca pelo código do Sistema Harmonizado internacional até 6 digitos (nomenclatura aduaneira padrão), o que já cobre uma infinidade de segmentos de mercado.
Ao se fazer uma consulta nesta base de dados, você terá uma dimensão do nível de informação que se pode extrair sobre o perfil de comércio de dado país, sua competitividade internacional em segmentos de mercado específicos, bem como interesses militares e tecnológicos estratégicos. Não é à toa que muitos países, sob regimes não-democrático, mantêm informações atrasadas e ou minimamente conflitantes…
O delay médio dos dados alimentados nesta base de dados chega a mais de 6 meses, o que acaba tornando sua aplicabilidade para precificação de commodities, por exemplo, extremamente desatualizada. Memso assim, sempre recomendo que qualquer pesquisa de mercado se inicie por ela!
Adicionalmente, muitos países dispõem das suas próprias bases de dados de mercado que são utilizadas para impulsionar as empresas nacionais que atuam fortemente no comércio externo: as tradings que já mencionamos anteriormente. O Brasil, por incrível que pareça, mantém uma das bases de dados mais sofisticadas que tive acesso até hoje. Um exemplo a ser seguido em outros órgãos do governo federal, além do MDIC! Abaixo apresento uma lista com as principais bases de mercado que monitoro assiduamente.
Identificando produtos
Como realizar o tal do data mining para gerar os documentos de inteligência de mercado? Comecemos identificando os produtos. Imagine uma empresa que já atua há muito temo no mercado de nutrição animal, no entanto viu suas margens espremidas nos últimos anos com uma forte mudança da estrutura do mercado de rações pet, resultando em capacidade ociosa de fábrica e custos crescentes para industrialização.
Qualquer consultor de negócios apresentaria a solução óbvia: diversificação para mercados adjacentes que estejam em alta, tais como o dos fertilizantes líquidos para fertirrigação. Mas por onde começar o levantamento de mercado e mensurar o tal do TAM, SAM e SOM? Quais são os produtos mais comercializados no Brasil e no mundo?? Seus volumes de vendas e preços??? Se somos tomadores ou formadores de preços…
Comecemos nossa busca pela UN Comtrade digitando o código HS do segmento de mercado (ex. 31, fertilizers) e avaliando as sugestões automáticas da base de dados até o nível de 6 digitos. Neste caso, você encontrará algo como duas dúzias de nichos de mercado dentro do segmento de Fertilizantes. Detalhe: se pesquisar numa base de dados de mercado nacional terá a chance de descer no nível dos produtos em si digitando o NCM de 8 digitos e obtendo dezenas de resultados… Faça um teste agora mesmo na Comex Stat!
Identificando tradings
Conhecer os países TOP 10 do mercado internacional ou até mesmo abrir os estados com maior participação de alguns destes países até que não é uma tarefa tão difícil… Em alguns cliques bem direcionados você chegará facilmente nas respostas. Agora, conhecer as empresas atuando diretamente no mercado ou as tradings propriamente ditas, aí sim é que são elas!
Apararentemente trata-se de missão impossível por conta dos critérios de sigilo fiscal que nos limitam ao NCM de 6 digitos. No entanto, cruzando com outras ferramentas acessíveis gratuitamente e conciliando com um conhecimento um pouco mais profundo do mercado de químicos, por exemplo, é possível identificar as empresas no mapa, seu porte, outros produtos do seu portfólio e até mesmo os dados de contato!
Para o mesmo exemplo do segmento de fertilizantes, selecionamos o produto uréia que tem o NCM 310210. Encontramos então, somente no estado do Rio Grande do Sul, 8 empresas, sendo duas delas de grande porte com mais de 50 milhões de USD$ em importações anuais: a Roullier Brasil Ltda. e a Sinon do Brasil Ltda. No caso da Sinon, conseguimos identificar todos os 8 produtos importados pela empresa.
§
Ainda não entramos nem no detalhe, mas imagino que muitos já vislumbraram a riqueza de informações que podem nos ajudar na tomada de decisão e estratégia competitiva das empresas com atuação no mercado internacional e também nacional, mesmo porque praticamente todos os preços de insumos são referenciados globalmente.
A inteligência de mercado sempre se preza aos dois lados: o da compra e o da venda!
Caso ainda não tenha caído a ficha: pergunte a um químico experiente se é possível, com os dados do mercado de uréia que extraímos em poucos minutos, ter uma radiografia detalhada da sua atuação de um dos maiores players e sua estratégia produtiva?!
Veja só, isto que vimos vale para qualquer mercado… É só apresentar o dado para um especialista na área e verás! Vamos mergulhar nisso e tudo ficará mais claro.
Amor é amar. Existe de fato uma “fórmula” para o amor? Os neurocientistas até já encontraram o hormônio do amor: a tal da ocitocina. Quando uma pessoa tem um orgasmo, a ocitocina é liberada e um dos efeitos é de nos fazer sentirmos ligados uns aos outros.1 Mas não se enganem porque este é meramente um efeito fisiológico deste valor tão sublime… Também não podemos simplificá-lo ao extremo com definições puramente espiritualistas do tipo “o amor é a manifestação mais pura da alma”, nem tampouco sentimentalistas do gênero poético como “o amor é fogo que arde sem se ver”. Seria muita inocência! Preciso é, outrossim, conciliar de um lado a verificação científica com os mecanismos mais complexos dos processos mentais originários da consciência que levam à experiência do amor. Aquele que se propaga, como todo valor, atingindo outras consciências. Agora, se tudo isso lhe soar uma perda de tempo, apenas vivencie a “verdade” por trás da idiossincrasia “ramalhiana”: amor é amar. Mais Zen impossível!
§ 137
Da impermanência da paixão. Acontece que o amor tem uma peculiaridade que o torna um valor único e singular em suas consequências. É aquele cujo “efeito de rede”, de reação em cadeia, de viralização, tem a maior intensidade. Talvez isto decorra, a priori, da sensação de prazer gerada pelos efeitos fisiológicos já mencionados. O fato é que são estes efeitos muito poderosos… Existem diversas manifestações do ato de amar. O amor a Deus, o amor filial, paternal e maternal, o amor à pátria, à natureza, à humanidade, aos animais, enfim, são inúmeras as formas de se amar! Vejamos o porquê através do exemplo do amor conjugal. Se minha esposa diz que me ama, suas ações devem confirmar este fato. Isto que torna o seu amor verdadeiro. O amor pode se manifestar num afago despretensioso, numa palavra de alento, num bom dia sincero ou no mais simples ato de cuidar. Quer dizer: colocar o leite na xícara sem pedir, trazer a água da noite ou até mesmo ao dividir o banheiro nas horas íntimas… Sim, se não for em hospital ou albergue, isto só se faz com quem se ama!! Já a paixão é o contrário disso. Não tem nada de estável. Inicia-se com intensidade desmesurada, regada de sentimento, porém totalmente descontrolada acaba rompendo com a racionalidade que é o que mantém o ser em equilíbrio. Aí se esvai e passa a perecer um pouquinho a cada instante. Vem primeiro o ciúme. O sentimento de possessão do outro. A vontade de querer mudar o outro e não olhar pra si. Vem ainda aquela vontade egoísta de perseguir somente os seus sonhos, passando por cima de tudo quanto o seu companheiro gosta e zela. E é exatamente por isso que não dura! A paixão é o mais puro reflexo daquilo que chamamos, no budismo, de “impermanência”. Ou seja, a finitude das coisas materiais, do “mundo da forma”, da realidade manifesta… Tão efêmera como a nossa vida perante a eternidade, o não-manifesto!
§ 138
Um valor de ação. O amor, tal como aqui o definimos, é o segundo estágio dos processos mentais geradores dos valores de ação. Para explicarmos, forçoso é lançar mão de uma categorização muito importante. Temos, essencialmente, dois tipos de valores sutis: os “valores de estado” e os “valores de ação”, com gradações conforme ilustrado a seguir:
Os “valores de ação” se caracterizam pela capacidade de propagação, enquanto os “valores de estado” se caracterizam pela sua capacidade de introspecção.
Deve-se observar, no entanto, que esta gradação não é estanque. Ou seja, posso desenvolver a princípio o estado de paz e, ao mesmo tempo, elicitar, aos poucos, o estado de felicidade. O mesmo se aplica aos valores de ação e, portanto, a verdade só pode se manifestar depois de muita prática dos valores de poder e amor.
Foram selecionadas somente pesquisas relacionadas que envolvessem técnicas diferentes ou derivações metodológicas para obtenção sintética de compostos químicos. Importante observar neste documento a evolução no tempo do grau de correlação das pesquisas relacionada com a linha de pesquisas em foco “síntese”. Isto significa que foram contabilizados somente os artigos em que ambos os TAGs (da linha de pesquisa e da pesquisa relacionada) apareceram no ABSTRACT. Destaca-se ainda que todas as pesquisas na base de dados ScienceDirect foram realizadas com as TAGs traduzidos para o inglês.
PANORAMA CIENTÍFICO PC 1.2
Chamaram atenção, nas primeiras colocações, as técnicas ecologicamente corretas como a “síntese verde”, “síntese hidrotérmica” e “síntese no estado sólido” que não utilizam solventes tóxicos. Tradicionalmente muitos métodos faziam uso de solventes tóxicos que estão sendo progressivamente banidos com o aumento do rigor da legislação ambiental em muitos países. Segundo a Agência Européia de Segurança e Saúde no Trabalho, estes solventes podem causar diversas doenças dependendo da sua volatilidade e lipossolubilidade.
PARTICIPAÇÃO CIENTÍFICA PC 1.3
As principais pesquisas relacionadas representaram juntas aproximadamente 20% de todos os artigos científicos correlacionados em 2016.
COMPETIÇÃO CIENTÍFICA PC 1.4
As pesquisas relacionadas a “síntese verde” e “síntese hidrotérmica” se descolaram das competidoras a partir de 2010, assumindo o primeiro e segundo lugar, respectivamente. Em 2002 a pesquisa relacionada “biossíntese” estava na liderança e foi perdendo relevância ano após ano, muito embora tenha-se observado uma retomada nos últimos anos.
PROGRESSÃO CIENTÍFICA PC 1.5
A pesquisa relacionada “biossíntese” teve um CAGR de 6,9% entre 2002 e 20016. Este crescimento é coerente com o aumento da procura por produtos de origem natural que não sejam dependentes de fontes não-renováveis e ecologicamente mais amigáveis. Algumas empresas têm se destacado neste cenário com a missão de desenvolver e produzir produtos genômicos e proteômicos como proteínas, oligopeptídeos e anticorpos. Um exemplo é a empresa Bio-Synthesis Inc. sediada em Lewisville (Texas, USA).
PRODUÇÃO CIENTÍFICA PC 1.6
A estimativa para o próximo ano de artigos correlacionados a “biossíntese” é de aproximadamente 460 artigos. A base de dados utilizada não disponibiliza a publicação mensalizada de artigos científicos, impossibilitando a visão da produção científica.
RADAR CIENTÍFICO PC 1.7
Os artigos correlacionados mais relevantes abordam a obtenção de importantes produtos naturais por diferentes metodologias. Estes artigos foram publicados numa gama variada de periódicos científicos como Tetrahedron, Journal of Biotechnology e Journal of Hazardous Materials. Aqueles em que não foram apresentados o volume e a página ainda estão em fase de correção da prova final antes da publicação.
RADIOGRAFIA CIENTÍFICA PC 1.8
Detalhou-se o artigo publicado em 2016 no periódico “Journal of Photochemistry and Photobiology B: Biology” (vol. 161, p. 141) pelo pesquisador “Saiqa Ikram” (India) e colaboradores. O artigo já apresenta 4 citações em menos de 1 ano, o que comprova sua relevância neste campo de estudos.
De perseguidos a perseguidores. Em muitas das passagens da vida de Jesus, registradas no Novo Testamento, ele se dirigia aos apóstolos ou aos gentios, com a autoridade do Messias: “Em verdade, em verdade vos digo…”. Segundo a ortodoxia da Igreja Católica Apostólica Romana, esta é a autoridade do Espírito Santo, o próprio Deus na figura humana, base do dogma da santíssima Trindade, sacramentado com o aval do imperador Constantino no concílio de Nicéia. Independente das histórias que relatam um sonho inspirador que o levou à vitória no campo de batalha, estava ele certamente mais interessado é na unificação do império, de modo que outra estratégia não seria mais apropriada do que aceitar e propalar o cristianismo como a “única Verdade imperial”, unificando os povos de diferentes culturas sob a égide de uma crença que os distinguia do paganismo vigente na época. Deu tão certo, que de perseguidos os bispos, em nome do poder eclesiástico e num curtíssimo espaço de tempo, se tornaram perseguidores e dos mais sanguinários de toda a história! Foge ao nosso propósito discorrer sobre a história do cristianismo, mesmo que nos ajude a entender como a “verdade” de outrora foi travestida de heresia, em nome do santo graal,1 mas que sirva ao menos de exemplo para que nos atentemos ao verdadeiro significado de verdade.
§ 134
As nobres verdades. Na verdade, não há uma única verdade e sim, segundo o Buda histórico, são 4 as nobres verdades…2 Ele chegou a essa conclusão após sua suprema iluminação, quando teve plena compreensão daquele que seria o pilar de todos os seus ensinamentos, a saber:
I. Viver é sofrer. Como seres sencientes, sujeitos a apegos e aversões, sofremos desde o instante em que nascemos, amadurecemos, envelhecemos e morremos. Então, renascemos e o ciclo de sofrimentos se repete. Esta é a primeira nobre verdade do Buda.
II. Sofrer é desejo e ignorância. Mas tudo que nos acontece de ruim só pode se originar do anseio em satisfazer prazeres ou, por assim dizer, da falta de conhecimento que dá guarida à ilusão. Esta é a segunda nobre verdade do Buda.
III. Satisfazer é abster-se. Somente pela renúncia de todos os prazeres e ilusões que se é possível atingir a cessação do sofrimento. Claro, isto quer dizer que a independência do ser perpassa pela liberdade dos estados criados pela própria mente. Esta é a terceira nobre verdade do Buda.
IV. O caminho leva à renúncia. Só existe um caminho que nos leva à renúncia, o qual deve ser percorrido com perfeição. O resultado é um só: o Nirvana, em sânscrito, a libertação ou absoluta sabedoria. Esta é a quarta nobre verdade do Buda.
§ 135
O caminho óctuplo. O que mais encanta no budismo é a simplicidade. Tudo se resume numa única fórmula para se alcançar a moralidade, meditação e compreensão intuitiva. Seria muito fácil apenas enunciar as 4 nobres verdades, sem apontar como colocá-las em prática. Buda foi além! Vivia seus preceitos e, ao mesmo tempo, era um exímio professor. Seus ensinamentos eram pautados por histórias que cativavam seus discípulos e, ao mesmo tempo, levavam a uma profunda reflexão. Também gostava de sintetizar os conceitos na forma de guias, como o fez ao traçar o caminho óctuplo para se atingir a quarta nobre verdade, qual seja:
Entendimento correto;
Pensamento correto;
Linguagem correta;
Ação correta;
Modo de vida correto;
Esforço correto;
Atenção plena correta;
Concentração correta.
Seus ensinamentos eram tão poderosos que no seu último ano de vida Buda já acumulava centenas de discípulos diretos. A simples presença de um ser iluminado em nosso planeta é um evento tão grandioso quanto a maior de todas as verdades.
A seleção dos 20 pesquisadores na linha de pesquisas “síntese orgânica” foi feita majoritariamente de acordo com a “relevância” dos seus artigos publicados na base de dados ScienceDirect. Observar que as pesquisas foram realizadas com os nomes “tal e qual” dispostos nos artigos e entre aspas para evitar associações de partes de nomes iguais.
PANORAMA CIENTÍFICO MC 3.2
O pesquisador “Bo Liu” publicou 10 artigos em 2016, ficando em primeiro lugar no ranking a frente de nomes consagrados como “Stephen G. Davies” e “K. C. Nicolaou”.
PARTICIPAÇÃO CIENTÍFICA MC 3.3
Por tratar-se de uma linha de pesquisa “amadurecida”, a participação científica dos 5 principais pesquisadores é irrisória mediante o número total de artigos publicados.
COMPETIÇÃO CIENTÍFICA MC 3.4
O pesquisador “Bo Liu” assumiu a liderança da competição científica em 2015, mantendo-se bem a frente do segundo colocado (Stephen G. Davies).
PROGRESSÃO CIENTÍFICA MC 3.5
O pesquisador “Bo Liu” está em plena ascensão da sua produção científica com um CAGR de aproximadamente 11,3% no período.
PRODUÇÃO CIENTÍFICA MC 3.6
Espera-se que no próximo ano o pesquisador “Bo Liu” publique 12 artigos científicos. Esta base de dados não disponibiliza a publicação mensalizada de artigos, comprometendo a avaliação da produção científica. Foram “zerados” os valores dos meses de janeiro e fevereiro somente para obter o forecast para o próximo ano.
RADAR CIENTÍFICO MC 3.7
As publicações mais recentes do pesquisador “Bo Liu” concentram-se nos periódicos científicos “Tetrahedron” e “Chinese Chemical Letters”. Nota-se algumas publicações de homônimos em periódicos não relacionados a síntese (ex. Aquaculture).
RADIOGRAFIA CIENTÍFICA MC 3.8
Detalhou-se o artigo publicado em 2016 no periódico “Chinese Chemical Letters” (vol. 28, p. 113) pelo pesquisador “Bo Liu” (Sichuan University) e colaboradores. Este periódico não tem fator de impacto alto (1,947). Segundo o Journal Citation Reports, um fator de impacto maior que 30 é benchmarking, entre 10 e 30 seria alto e abaixo de 10 é mediano. O pesquisador “Bo Liu” tem H-index de 11 que está no início da faixa considerada alta (as faixas de referência são as mesmas do fator de impacto de periódicos).