ESTRATÉGIA COMPETITIVA

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #competição #estratégiacompetitiva #MichaelPorter #rodadacompetitividade #fatorescríticosdesucesso #forçasefraquezas #objetivosempresariais

Verdade seja dita! Foi o Prof. Porter,  da Harvard Business School, o primeiro a perscrutar este campo de estudos com análises muito bem estruturadas do fenômeno da competição, especificamente voltadas para o mundo dos negócios.1 Ele preconizou que, para o desenvolvimento de qualquer estratégia competitiva, é preciso de responder antes a 3 questões essenciais:

                                    1. Como você pretende competir?

                                    2. Quais são os seus objetivos no longo prazo??

                                    3. Por quais meios (políticas) você espera atingí-los???

Vamos começar avaliando as estratégias competitivas empresariais que já estão amplamente disseminadas e fazem parte da rotina de qualquer executivo que se preze nos dias de hoje. Porter nos ensinou a utilizar a “roda da competitividade” que é um dispositivo visual extremamente didático para visualizar rapidamente os aspectos cruciais da estratégia competitiva de uma empresa.

No centro da roda ficam os objetivos, sejam eles econômicos ou não-econômicos. Importante que estes sejam perfeitamente alinhados com a estratégia assumida. Como exemplo podemos citar: lucratividade, market share, fortalecimento da marca, reconhecimento social, entre outros. Por sua vez, os raios da roda representam as políticas assumidas para atingir cada um dos objetivos. Eles também se confundem com as áreas que desempenham as respectivas atividades dentro da empresa (marketing, P&D, produção, vendas, etc. ). Notem que, dependendo da estratégia escolhida, um ou outro raio da roda ganhará maior ou menor importância.

Figura. Roda da competitividade de Porter.

Se a empresa decide, por exemplo, ser a líder em tecnologia do seu setor, as atividades de P&D e marketing certamente terão maior relevância do que as de distribuição, muito embora a harmonia do conjunto e o alinhamento com todos os objetivos sejam críticos para o desempenho final da roda. E olha que tem muita “roda quadrada” rodando por aí!

Definida a estratégia, estabelecidos os objetivos, falta somente identificar os 4 fatores críticos de sucesso. Nunca o contrário! São sempre 2 fatores internos e 2 fatores externos, começando pelas suas forças e fraquezas… Pergunte-se: no quê você é muito bom mesmo? Qual é o seu “calcanhar de Aquiles” perante os competidores???

Uma empresa pode ser a única em sua tecnologia, no entanto, se tiver carência de recursos humanos, vai acabar morrendo é na praia!

Da mesma forma, os valores pessoais (leia-se as motivações e necessidades de cada um) dos seus executivos e das pessoas diretamente ligadas à implementação da estratégia escolhida são determinantes para o sucesso. Vocês acham realmente que o Zuckerberg estava interessado nos bilhões que viria a galgar quando passou 1 mês enfurnado num quarto em Harvard programando aquela que seria a maior rede social do planeta? Ou será que Jeff, isso mesmo o careca da Amazon, tinha necessidades “patológicas” de fazer compras sem sair de casa???

Já no ambiente externo ficam os riscos (tanto oportunidades como ameaças) associados à sua indústria especificamente e às expectativas da sociedade em geral, mais propriamente os marcos legais que refletem os interesses do Estado, os anseios da população e as preocupações com o meio-ambiente e justiça social.

Recentemente vimos no Brasil vários grupos empresariais do segmento das empreiteiras (do tamanho de uma Odebrecht, por exemplo) envolvidas num escândalo sem tamanho de propinas deflagrado pela operação Lava-Jato. O que representava, na lógica deles, uma oportunidade (políticos corruptíveis brasileiros) acabou se tornando a grande ameaça para continuidade do negócio e ainda uma “baita” oportunidade para as empreiteiras médias e honestas que antes sofriam para vencer uma concorrência sequer!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: tome boas decisões sem esforço

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

17Porter, M. Competitive Strategy, The Free press, New York, 1980.

2. Tapscott, D., Williams, A.D. Wikinomics, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.

COMPETIR OU COLABORAR

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #competição #colaboração #estratégiacompetitiva #estratégiacolaborativa #colaboraçãoemmassa #wikinomics #josephschumpeter #inovação #destruiçãocriativa #sínteserestritiva

Eis um dos grandes dilemas dos tempos atuais: quando competir ou colaborarar? Enganam-se redondamente aqueles que emitem um julgamento aprioristicamente sem antes passar por uma reflexão profunda sobre o tema que é tão vasto quanto as áreas de interação do ser humano nas esferas pessoal, profissional e social.

Num mundo cada vez mais automatizado e repleto de informação, é preciso antes de mais nada saber qual estratégia assumir, visando ao mesmo tempo a evolução pessoal e os resultados organizacionais. Certamente não é uma “escolha” fácil. Requer muita perspicácia para avaliar qual estratégia deve gerar maior valor no longo prazo, lembrando que a “escolha” é só o começo da jornada que também dependerá das ferramentas disponíveis e, sobretudo, da expertise de como aplicá-las na execução do plano. Vamos lá?!

A ESTRATÉGIA COMPETITIVA é a mais evidente por motivos até mesmo antropológicos, ligados à sobrevivência de uma entidade, segundo o conceito mais amplo que vimos anteriormente, dos processos algorítmicos. Por outro lado, a ESTRATÉGIA COLABORATIVA, requer condições bem específicas e propícias aos “fenômenos de rede”, mais propriamente das redes de valor que têm ganhado cada vez mais importância em algumas áreas do conhecimento de base e aplicado.

Via de regra, em toda e qualquer análise estratégica, independente do campo de aplicação, é preciso primeiramente encontrar os pontos de divergência e/ou confluência. Veremos que o primeiro está relacionados à “destruição criativa”, cerne da inovação schumpteriana de meados do século passado e que revolucionou a forma de se criar vantagem competitiva. 1

Figura. Joseph Schumpeter, economista austríaco precursor da teoria da inovação.

Já o segundo é bem mais recente (eu dato o seu nascimento mais precisamente em 2006 com a publicação do livro Wikinomics) e chamamos aqui mais propriamente de “síntese restritiva”, resumindo o propósito do conceito propalado por Tapscott & Williams. 2

Para chegarmos à origem genésica das estratégias competitivas (o que são, para quê servem e como formulá-las) precisamos de entender primariamente o conceito mais abrangente, para não dizer filosófico, do termo “competição”. Eis os 3 questionamentos basilares que não podem deixar de ser pautados antes de avançarmos:

                                    1. O que se entende por competição?

                                    2. Quais as formas de se competir?                          

                                    3. Ela é mesmo salutar?

 Não se pode negar algo que nos é uma característica intrínseca. O ser humano é naturalmente competitivo e, por consequência, as instituições humanas a que ele pertence. Lutamos constantemente pela busca da melhor performance, pela superação dos nossos pares e as conquistas advindas, sejam elas monetárias, sociais, políticas, religiosas, etc.

Acontece que vivemos na atualidade uma “hipercompetição” generalizada em quase todos os campos de aplicação possíveis e imagináveis. Praticamente já não existem áreas do conhecimento humano inexploradas. Em tempos de globalização econômica e da tal ubiquidade computacional e informacional, o “kit de ferramentas” convencional da competição do Prof. Michael Porter já não é mais suficiente para os indivíduos e organizações se reinventarem continuamente.

Acreditem: neste contexto, a “inovação schumpeteriana”, antes vista como a salvação pelos gurus da estratégia, pelo menos no seu formato original, está em cheque! Mas será que existem novas e inusitadas formas de “destruição criativa” que não estejam diretamente vinculadas à inovação?

Bem, veremos que sim e trata-se justamente da tal “síntese restritiva” que conjuga a evolução de uma série de tecnologias que propiciaram a coloboração em massa numa escala antes inimaginável! Precisamos, mais do que nunca, entendê-la e decifrá-la porque sua lógica é bem diferente do que estávamos habituados…

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: tome boas decisões sem esforço

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

1. Shumpeter, J. Capitalism, socialism and democracy, London: Allen & Urwin, 1943.

2. Tapscott, D., Williams, A.D. Wikinomics, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.