Sonho versus ambição

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FORMATO DO CONTEÚDO: crônicas

TEMPO DE LEITURA: 00:01:39

Talvez a capacidade de viver em devaneios não seja um mero capricho infantil, outrossim uma forma de se perpetrar a esperança na vida! Muitos chegam até mesmo a dizer que, na verdade, a vida só acaba quando deixamos de sonhar…

Realmente, esta parece ser uma necessidade intrínseca do ser humano. Precisamos constantemente gerar expectativas nas quais possamos nos apoiar. Uma “espécie de combustível” que nos impulsiona rumo às conquistas, sendo a maior delas a tão almejada felicidade!

Entretanto, há certa “confusão conceitual” na mente de muitas pessoas, simplesmente por não conseguirem discernir o sonho da ambição. Vamos agora esclarecer este ponto de uma vez por todas!

Trocando em miúdos…

Sonhar é algo natural, inocente e prazeroso. Surge na forma de uma simples ideia que brota inesperadamente do nosso inconsciente (e não do subconsciente como alguns pensam), em geral nos momentos em que a mente se encontra num estado de paz e harmonia que também podemos chamar de “estado da superconsciência”.

É, portanto, muito diferente da ambição que é uma ideia bem mais elaborada e recorrente, chegando a ser em alguns casos até mesmo compulsiva. Ela advém, via de regra, de necessidades mundanas, as quais são movidas, por sua vez, pelo orgulho, a inveja e a tola vaidade!

Não quero dizer que a ambição seja totalmente ruim, mas deve vir sempre muito bem balanceada por uma boa dose de ética e moral para que não caia no perigoso “vislumbre maquiavélico”…

Adulto também pode e deve sonhar!

Quem foi que disse que somente as crianças podem sonhar? Muito pelo contrário! Adulto também pode e deve sonhar… Seria como uma doce “lição de casa” a que todos nós deveríamos nos incutir sempre, procurando inclusive maneiras de estimular através do ócio criativo.

Quão fascinante não seria notar que, com o passar do tempo, nossos sonhos mudam da água para o vinho… Quer prova mais cabal do quanto nos modificamos interiormente no curto espaço de tempo de uma vida?!


Pois bem! Os sonhos mudam e muito, mas o mesmo não acontece tão incisivamente com a “personalidade” por trás deles…


Veja o meu caso. Aos quatro anos de idade, imaginem só, eu sonhava em ser Presidente da República. Com nove seria o máximo se fosse campeão de Karatê. Já, na adolescência, quando a realidade começa a falar mais alto, tudo o que eu mais queria era entrar numa boa faculdade. Hoje, sem precisar revelar a idade, posso dizer sem dúvidas que o meu maior sonho é atingir a auto-realização através da meditação.

Não obstante, o que mais me entristece é perceber que, com o passar dos anos, as pessoas começam a confundir os seus sonhos com ambição. RESULTADO: nunca estão satisfeitas com suas vidas e sempre querem algo mais!

Neste ponto, não vejo outra saída senão uma severa “sabatina” que só pode ser conferida em doses “quimioterápicas” e por nós mesmos. Ou, da pior forma, quando a própria vida se encarrega de nos mostrar o caminho…

Ah! Como seria tão incrivelmente mais simples se nós apenas sonhássemos em ser felizes, conectados ao nosso Pai e ajudando aos que também anseiam em  chegar lá!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Conteúdo exclusivo de ricardobarreto.com

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Saiba mais:

  1. Barreto, R. L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed., Editor-Autor, 2003.

Ostracismo alienante

#ricardobarreto #crônicas #ostracismo

Uns se calam por saberem demais. Contrariamente, outros o fazem por saberem de menos. Como diria minha vozinha Marieta (a propósito, que saudades dela…):

_ Mas será o Benedito!

Não deveriam os primeiros, em prol da evolução, transmitir aos mais “desafortunados” ao menos um pouco do que sabem? O que freia este salutar intercâmbio informativo??? Já vimos que o mundo definitivamente é dos “cretinos” (em Manifesto ao “cretinismo”), estes que pensam que sabem e disseminam suas inverdades…

Afinal, por acaso existe esta tal de “verdade” ? Quem diabos inventou esta palavra??? Sem falar dos “efeitos estagnadores” desta chaga a qual chamo de “ostracismo alienante”, oh céus!

Oriunda do grego ostreon, a palavra ostra refere-se a um tipo de molusco marinho da família dos ostrídeos. Apesar de comestível, sua principal atração se dá pela potencialidade na geração de pérolas preciosas, mesmo que isto se dê segundo uma chance em um milhão!

Ademais, o termo “ostracismo” remonta à antiguidade grega, como uma espécie de julgamento do povo de Atenas, pelo qual se bania por dez anos um cidadão, cujo poder ou ambição fossem temidos. Muito embora o termo seja usado hoje vulgarmente como uma “ação de se excluir de um grupo”, tal acepção não deixa de fazer todo o sentido…

Assim como as ostras que se isolam do meio através de uma concha para proteger-se, também o fazem as pessoas, no cotidiano, só que através de “máscaras emocionais”, e com o mesmíssimo intento…

Temem ser devoradas pela ganância, inveja, cobiça, vaidade, orgulho e avareza dos seus convivas! E o que seria ainda pior, delas mesmas… Neste verdadeiro”jogo psicológico” de esconde-esconde, deixam frequentemente de tomar contato com muitas Consciências afins,  impedindo assim a troca de experiências profícuas à sua jornada evolutiva.

Gera-se fatalmente um quadro de “preconceitos mutualísticos” disfarçado, muitas das vezes, nos mais variados estereótipos (um exemplo clássico são os hippies nas décadas de 60 e 70). Estas reações que são consideradas como uma forma de escapismo pelos sociólogos, em realidade refletem um refúgio da solidão e são ocasionadas pela “sinergia degenerativa”, mesmo que inconsciente, da mais pura ignorância dos seus papéis perante o macrocosmo!

Como ostras, ao menos têm uma ínfima probabilidade de serem germinadas em sua essência por um “grãozinho” de sabedoria. E um dia, afinal, brilharão como uma linda e valiosa pérola. Portanto, não nos desesperemos em vão! Embora seja uma única chance em um milhão, aqueles que conhecem um pouco do efeito túnel (da mecânica quântica) sabem que todos vão chegar lá!

Claro, é só uma questão de tempo…

Créditos:

Autoria por ricardobarreto.com

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Saiba mais:

  1. Barreto, R. L. LIVROVIVO: 2000-2002, 1a ed., Editor-Autor, 2003.
  2. Enciclopédia Larousse, 1988, Universo Editora, p. 4.330.