Decidindo eventos com inteligência de mercado

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Quem não conhece seu mercado está fadado a ser engolido por ele! Esta é, sem sombra de dúvidas, uma máxima do mundo de negócios. Não há como sobreviver no longo prazo, seja qual for o segmento, sem conhecer muito bem a estrutura do mercado, concorrência, posicionamento estratégico, etc.

Tais questões devem permear toda e qualquer decisão do corpo diretor das corporações. São fundamentais ao planejamento estratégico, direcionando todos os planos operacionais que promovem a sustentação e o crescimento do negócio. No entanto, é nas pequenas decisões, aquelas do dia a dia, que se pode colher ou comprometer os resultados.

Quem nunca ouviu falar daquele jargão de que para vender bem é preciso comprar bem?! Pois é. Parece tão óbvio, mas na prática muito comprador sênior não faz a menor ideia de como negociar bem hoje em dia… Foi-se o tempo em que poder de barganha se tratava de ter uma boa lábia! Hoje o verdadeiro “poder” reside na assimetria informacional.

Ganha o “jogo” quem conhece melhor o “valor” daquilo que está sendo negociado… É isso! E só a inteligência de mercado é capaz de nos revelar tais nuâncias.

A falácia da margem de contribuição

Muito do sucesso de uma empresa perpassa pela correta formação de preços dos seus produtos e serviços. Não é preciso apelar para técnicas de precificação complexas que levam em conta a elasticidade da relação entre oferta e demanda, nem tampouco os parâmetros macroeconômicos e dados setoriais em sofisticadas equações que acabam mais atrapalhando do que verdadeiramente ajudando…

O método que funciona de fato é muito simples. Basta calcular o valor justo que cubra minimamente os custos para fabricação dos produtos ou serviços, bem como as despesas e obrigações (impostos e juros) da empresa, de modo a sobrar algum dinheiro que possa ser chamado propriamente de lucro por aqueles que investiram seu capital na companhia.

Acontece que não é qualquer margem que justifica uma boa venda… Mesmo positiva, se a margem não contribuir minimamente para arcar com suas obrigações e despesas, não tardará para a empresa se endividar e entrar numa situação difícil. Só assim poderá ser chamada verdeiramente de “margem de contribuição”!

A solução tem via dupla, mas em ambos os casos a inteligência de mercado pode contribuir decisivamente. Através da consulta às bases de dados de mercado, pode-se descobrir o histórico de preços internacionais e traçar tendências, explodindo os aumentos de custos de cada uma das matérias-primas para criar o embasamento técnico que justifique tanto a negociação das matérias-primas com fornecedores como o reajuste de preços com os clientes.

Observe que você pode ir além! Pode-se, por exemplo olhar como anda o nível de preços dos produtos que o seu próprio cliente vende e das matérias-primas que ele utiliza. Assim, você saberá antecipadamente se ele também está aumentando seus preços e, claro, se é o momento certo para espremê-lo ou não numa mesa de negociação… Capiche?!

Santa concorrência perfeita

Todo aquele que já fez um MBA que se preze, bem como estudou com afinco qualquer livro de economia ou estratégia de negócios, já ouviu falar das preciosas “economias de escala”. Nem é preciso de muito esforço para inferir algo tão óbvio: quanto mais eu compro ou vendo, maior o volume a ser negociado e, claro, maior será o desconto dado ou requerido!

Pois é. Acontece que nem sempre a coisa funciona tão linearmente assim. E só a inteligência de mercado pode nos dar uma “pista” do que pode estar acontecendo… São situações atípicas para mercado pulverizados, regionais e competitivos, no entanto muito comuns em grandes empresas de tecnologia monopolistas ou fabricantes de commodities que enfrentam oligopólios.

Vejam o mercado mundial de fertilizantes de potássio. Sabe-se que a “oferta” é limitada a alguns poucos países com reservas minerais gigantescas como Ucrânia, Canadá e Rússia, ao passo que a “demanda” é crescente em todos os países com agricultura forte como o Brasil.

Tal relação de dependência, devido à assimetria dos recursos, quebra o “poder” de negociação das economias de escala de forma muito evidente… Infelizmente, nestes casos não adianta ameaçar não comprar mais KCl do Putin com prêmio de USD 50/Ton porque ele não vai pensar duas vezes antes de te riscar da lista e passar para o próximo país comprador e com muito prazer, diga-se de passagem!     

Com estes poucos exemplos espero que já tenha ficado mais claro ao leitor que a inteligência de mercado deve fazer parte das ferramentas de rotina de toda equalquer organização, desde a fase de orçamentação para o próximo ano até nas negociações mais decisivas do seu time Comercial.

Vimos o “porquê” e agora vamos abordar o “como” que estas decisões podem ser tomadas.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo VALOR: desvendando conceitos e quebrando mitos

VOLUME I – INTELIGÊNCIA DE VALOR: algoritmos para boas decisões

PROSPECÇÃO DE MERCADO PM 2.0

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SELEÇÃO DE MERCADO PM 2.1

O produto substituto é um “fertilizante de aplicação direta” (DAPR – Direct Application Phosphate Rock) ou também conhecido no Brasil como “fosfato natural reativo”. Identificação das empresas: fosfatos de Israel são comercializados pela “Bunge”, da Argélia pela “Fertipar”, da Tunísia pela “Cia Agrícola de Ribeirão” e do Peru pela “Heringer/Vale Fertilizantes”.
Esta atribuição se baseia no conhecimento dos contratos de longo prazo vigentes no mercado, mas pode não representar a realidade em todo o período avaliado. A Heringer mantém um contrato de representação com a Vale Fertlizantes para comercialização exclusiva no Brasil. Não sabe-se precisar a proporção para uso próprio da Vale Fertilizantes.

PANORAMA DE MERCADO PM 2.2

A Heringer/Vale Fertilizantes foi a primeira do ranking com US$ 85 milhões de importações em 2016, correspondentes a um pouco mais de 1 milhão de toneladas a um preço médio de 84 US$/t. Deve-se observar que boa parte deste volume deve ter sido utilizado pela própria Vale Fertilizantes em suas unidades de fabricação de fertilizantes fosfatados solúveis. Também não se pode afirmar que o contrato da Vale Fertilizantes ainda prevê exclusividade para Heringer. Aparentemente a Cia. Agrícola de Ribeirão encerrou suas operações com o fosfato natural da Tunísia.

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO PM 2.3

A Heringer/Vale Fertilizantes deteve 55% de participação do mercado de fosfato natural reativo em 2016. “Outras” empresas foram possivelmente produtores de grande porte ou fabricantes de fertilizantes que importaram rocha diretamente ou a utilizaram para produção de SSP/ácido fosfórico.

COMPETIÇÃO DE MERCADO PM 2.4

Com a entrada em operação da mina de Bayovar no Peru (da Vale Fertlizantes) em 2010, observou-se uma drástica mudança na estrutura deste mercado. Até 2010 os principais players eram Bunge, Fertipar e Cia. Agrícola de Ribeirão, intercalando-se na liderança. A partir de 2011, todos perderam gradualmente sua participação para Heringer/VF. Claramente a Cia. Agrícola de Ribeirão adotou uma “estratégia de saída” do mercado e desde de 2014 não comercializa mais rocha da Tunísia.

PROGRESSÃO DE MERCADO PM 2.5

Não foi possível determinar o CAGR da Heringer para este período específico porque suas importações do Peru começaram somente em 2010.

PRODUÇÃO DE MERCADO PM 2.6

A média mensal de importações até maio do ano corrente ficou bem abaixo do ano anterior (US$ 4,3 contra 7,29 milhões em 2016).

RADAR DE MERCADO PM 2.7

Tem havido importações regulares para São Paulo o que indica que boa parte do volume deve estar sendo destinado para as unidades industriais da Vale Fertilizantes no pólo de Cubatão.

RADIOGRAFIA DE MERCADO PM 2.8

As 33.000 t de fosfato natural reativo importadas do Peru em fevereiro de 2017 foram provavelmente destinadas para Heringer e/ou Vale Fetilizantes, localizadas em Cubatão e Paulínia – SP. Pelo valor da transação (US$ 73,27/t), abaixo do preço médio de mercado, muito possivelmente boa parte deve estar sendo destinada para fabricação de ácido fosfório e SSP.

PREÇOS DE MERCADO PM 2.9

É notória a tendência de queda dos preços nos últimos 5 anos, saindo de um valor de US$ 174,19/t em fevereiro de 2012 para US$ 87,89/t no mesmo mês de 2016.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Documento de inteligência de mercado gerado em 21/06/2017

Base de dados tecnológica: ComexStat

ANÁLISE DE MERCADO AM 2.0

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SELEÇÃO DE MERCADO AM 2.1

Os países selecionados foram responsáveis por cerca de 42% das exportações mundiais no segmento de fertilizantes (HS 31) entre 2002 e 2016. Destaque para os EUA e Canadá que juntos exportaram mais de 50 bilhões de dólares no período. Os EUA são uma potência agrícola (maior exportador de soja e milho). Sua indústria de fertilizantes atende ao mercado interno e conta com um excedente para fornecimento internacional. O Canada é forte em mineração e permanece como um dos maiores fornecedores de potássio do mundo.

PANORAMA DE MERCADO AM 2.2

Além dos EUA e Canadá também se destacaram a Bielorússia e Alemanha. Estes 2 países exportaram em 2016 quase 5 bilhões de dólares em fertilizantes. Segundo a base de dados fertilizers1.com, a Alemanha e Bielorússia compreendem um significativo parque industrial de fertilizantes com 119 fabricantes registrados. O Brasil apresentou exportação pouco significativa em 2016 (US$ 193,5 milhões). O país ainda importa boa parte da sua demanda de nutrientes NPK para produção agrícola.

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO AM 2.3

Os países competidores e entrantes representaram aproximadamente 44% das exportações mundiais em 2016.

COMPETIÇÃO DE MERCADO AM 2.4

Observa-se claramente que praticamente todos os países (competidores e entrantes) têm tido redução das exportações de fertilizantes nos últimos anos.

PROGRESSÃO DE MERCADO AM 2.5

O CAGR do Canadá no período foi negativos (-10,3%), seguindo a tendência de queda das exportações da maioria dos países.

PRODUÇÃO DE MERCADO AM 2.6

Houve exportações somente nos meses de janeiro e março até o momento. O forecast para 2018 é de aproximadamente US$ 3,44 bilhões.

FLUXO DE MERCADO AM 2.7

O fluxo de mercado de fertilizantes do Canadá com os países competidores foi positivo em aproximadamente US$ 1,7 bilhões no ano de 2016. Conforme esperado, o país competidor com o maior volume de transações (exportações e importações) foi o vizinho USA.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Documento de inteligência tecnológica gerado em 19/06/2017

Base de dados tecnológica: UN Comtrade

ANÁLISE DE MERCADO AM 1.0

#documentodeinteligência #documentodeinteligênciademercado #inteligênciademercado #documentosdemercado #análisedemercado #produtosfarmacêuticos

SELEÇÃO DE MERCADO AM 1.1

Os segmentos selecionados representaram aproximadamente 14% das exportações mundiais no período de 2012 a 2016.

PANORAMA DE MERCADO AM 1.2

O segmento de “plásticos e seus produtos” apresentaram a maior comercialização, atingindo cerca de US$ 470 bilhões em exportações no ano de 2016.

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO AM 1.3

Os 5 principais segmentos de mercado representaram aproximadamente 12% das exportações mundiais em 2016.

COMPETIÇÃO DE MERCADO AM 1.4

Todos os segmentos TOP 5 têm perdido força em termos de volume de exportações nos últimos 2 anos.

PROGRESSÃO DE MERCADO AM 1.5

O segmento de produtos farmacêuticos ficou praticamente estagnado no período de 2012 a 2016 (CAGR=0,01%).

PRODUÇÃO DE MERCADO AM 1.6

A princípio, no primeiro bimestre do ano corrente, as exportações de “produtos farmacêuticas” estão acima da média do ano anterior. Há um atraso de pelo menos 3 meses na disponibilização dos dados mensais pela base UN Comtrade. Foram “zerados” os valores destes meses.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Documento de inteligência tecnológica gerado em 16/06/2017

Base de dados tecnológica: UN Comtrade