Algoritmos de inteligência digital

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #inteligênciadigital #algoritmos #algoritmosdeinteligênciadigital #seleçãodefontes #radardeconteúdos

Sem mais delongas vamos mergulhar em alguns dos algoritmos de inteligência digital desenvolvidos através do método apresentado neste livro e que são capazes de impulsionar a sua estratégia de marketing de conteúdo.

Não adianta de nada conhecer a sua persona e produzir conteúdos a esmo se você não detiver um processo próprio, ágil e eficaz voltado para revelar a vastidão de conteúdos que existem por trás da primeira página do Google…

São dois os processos vitais que determinam o sucesso desta abortagem: a “seleção dirigida de Fontes e subFontes” e o “radar permanente de conteúdos externos”.[1] Os nomes assustam, mas a lógica é bem fácil de entender e, principalmente, de se pôr em prática!

Seleção dirigida de Fontes e subFontes

Nada mais é do que seleção digital das Fontes e subFontes mais influentes que atraem tráfego do seu público de interesse. São aplicadas técnicas simples de data mining e machine learning para chegar ao mix ideal de Fontes e subFontes, as quais podem ser estáticas ou dinâmicas, como veremos a seguir.

O primeiro passo é identificar as palavras-chave, aqui denominadas Tag e subTag, que devem atrair o maior tráfego do seu público na internet. Estas são as principais áreas de interesse do seu público! Se o seu público faz parte do universo do marketing, pode escolher, por exemplo, a Tag “marketing digital” e talvez, como subTag, algo um pouco mais específico como “marketing de conteúdo” ou “marketing nas redes sociais”. 

O próximo passo é descobrir quem são seus principais competidores digitais, mais especificamente o ranking Top 5 dos competidores orgânicos e pagos. Veja bem. No universo digital o termo “competidor” se refere a um website (ou outro canal digital de referência) que atrai uma parcela significativa de tráfego do seu público.

No caso dos “competidores orgânicos” basta utilizar um bom mecanismo de busca e proceder a seleção entre os cem primeiros resultados orgânicos do Google, por exemplo, sendo os três primeiros resultados com a Tag e os dois últimos com a subTag das áreas de interesse. Já para os “competidores pagos” proceder a seleção entre os anúncios das cinco primeiras posições apresentados também pelo Google nas pesquisas. Confira abaixo o resultado para a Tag e subTag mencionadas acima.

Tela de celular com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente
Figura 1. Descoberta de competidores digitais (orgânicos e pagos).

Pois bem. Logicamente, os principais competidores digitais devem ser também as principais Fontes nas áreas de interesse do seu público, tanto que o próprio Google os classifica na sua primeira página de resultados! Pela mesma lógica, claro que os “competidores orgânicos” serão sempre os mais relavantes, muito embora não possamos negligenciar os “pagos” que também podem produzir conteúdos importantes…

Sendo assim, nós decidimos fixar os “competidores orgânicos” TOP 1 para a Tag e subTag como as duas únicas Fontes estáticas do nosso processo de seleção dirigida. Todas as outras são consideradas subFontes! Fixamos também como “estáticas” as subFontes dos demais competidores e iniciamos o processo de seleção das subFontes “dinâmicas” que são os domínios relacionados direta ou indiretamente às áreas de interesse, priorizando aquelas com mais de 500 links ativos e 50 links únicos. Selecione no máximo 20 subFontes e faça o ranking das subfontes de acordo com o número de links únicos. Abaixo apresenta-se um exemplo para o competidor orgânico resultadosdigitais.com.br.

Tela de computador com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente
Figura 2. Seleção das subFontes dinâmicas de cada compeditor digital.

A pesquisa foi feita na ferramenta SEOprofiler com o website do competidor em Links. Avalie os 20 primeiros resultados, ordenados pelo maior LIS e os adicionados mais recentemente. Faça nova consulta para descobrir se o resultado escolhido é de fato uma subFonte dinâmica. Neste caso, registre-a na tabela e contabilize o seu número de Links únicos.

Se a subFonte for da área de interesse, você pode fazer uma nova consulta. Dica: se não descobrir nenhuma subFonte, equalize com aquelas descobertas para outros competidores. Pode-se ainda enriquecer a lista pesquisando no Google com as Tags TOP 50 ou com as Tags TOP 1 dos outros competidores. Senão, pesquise usando as Tags com maior número de pesquisas e não ordenadas pelo score. Neste ponto você já deve ter notado o porquê que estas subFontes são dinâmicas, ou seja, periodicamente você deverá mesclar o seu mix para manter a diversidade dos conteúdos descobertos na internet.

Tela de celular com publicação numa rede social

Descrição gerada automaticamente
Figura 3. Mix de Fontes e subFontes estáticas e dinâmicas.

Apenas formar o seu mix próprio de Fontes e subFontes estáticas e dinâmicas não adianta de nada! Agora você deverá utilizá-lo no próximo passo do nosso algoritmo de inteligência digital: o radar permante de conteúdos externos.

Radar permanente de conteúdos externos

Ele permite rastrear constantemente os últimos conteúdos externos descobertos através das Fontes e subFontes selecionadas anteriormente. A extração de dados é feita também da plataforma SEOprofiler, ordenando os conteúdos pela data de adição e registrando somente os resultados que sejam considerados de fato um conteúdo nos seus diversos formatos (ex. blog post).  

Idealmente, você deverá descobrir de 1 a 3 conteúdos por dia. Lembre-se: quanto mais opções, melhor será o processo! As buscas deverão seguir a seguinte ordem: primeiro as duas Fontes estáticas e depois as vinte suFontes estáticas e dinâmicas, respeitando a sequência numérica e sempre intercalando uma subFonte estática e a outra dinâmica.

Então, registre os dados no sistema (ou numa planilha Excel mesmo), atribuindo a Tag, categoria, formato e idioma dos conteúdos descobertos no dia, procedendo com scoring de relevância através do algoritmo abaixo que faz o ranking automático dos backlinks que apontam para o conteúdo e que mede a influência no seu ecossistema.

Tela de celular com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente
Figura 4. Score de relevância para o ranking de backlinks de conteúdos.

Você deverá consultar todas as Fontes e subFontes diariamente ou até o limite de 3 descobertas e, no dia seguinte, retomar de onde parou. Uma dica: se não conseguir descobrir nenhum conteúdo no dia, escolha dos dias anteriores, seguindo a ordem de prioridade do scoring. Em último caso, recomenda-se que navegue pelos sites das Fontes e subFontes até encontrar algo apropriado. Se ainda assim estiver com dificuldades, aí é sinal de que você precisa revisar o processo anterior da seleção dirigida…

A ferramenta buzzming, acessível em ricardobarreto.com, faz uso destes algoritmos dando várias opções para filtrar suas pesquisas e apresentando os resultados numa interface amigável que facilita sobremaneira as buscas. Confira abaixo o exemplo para uma busca genérica com a Tag da área de interesse “marketing digital”.

Tela de computador com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente
Figura 5. Exemplo de pesquisa na ferramenta online buzzmining.

Observar que foram encontrados três resultados de conteúdos para esta busca, sendo que o maior score foi de 32 para dois deles, ambos da mesma Fonte: saiadolugar.com.br. Escolha um deles e este conteúdo que deverá ser empregado para produzir o BuzZ. Mas que raios vem a ser um BuzZ?

Bem, este é o novo boca-a-boca da Era Digital! Nada mais é do que é uma chamada de impacto para despertar o interesse do seu público por determinado conteúdo nas redes sociais. Sua estrutura linguística ideal é a seguinte:

{[INTERJEIÇÃO x (!) + INTERROGATIVA x (?) + CALL TO ACTION x (.)]}

Veja um exemplo e já aproveito para me despedir aqui dos leitores e convidá-los para descobrirem conteúdos nas suas áreas de interesse e, por que não, gerarem o BuzZ em suas próprias redes sociais…

BuzZ generation: Pois bem! Por que será que todos os seus competidores digitais que você conheceu até hoje falharam? Entenda.


[1] Estes processos são a base para a ferramenta de inteligência de conteúdo chamada “buzzmining” que se encontra acessível através do website do autor em ricardobarreto.com.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Decidindo eventos com inteligência digital

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #inteligênciadigital #growthhacking #ferramentasdegrowthhacking #testesdeusabilidade #testesA/B

Já aprendemos a “filtrar dados” para conhecer melhor o seu público de interesse, ou melhor, a sua persona. Também já reconhecemos o papel dos influenciadores que são os verdadeiros “evangelistas” da Era Digital. Ainda em tempo, descobrimos o poder do link building e o porquê que você deve criar sua reputação online gerando conteúdos de qualidade. O que falta agora? Claro, maximizar os resultados esperados de tudo isso!

A “otimização da conversão” configura um método que emprega técnicas de analytics e o feedback contínuo dos usuários para melhorar a performance de um website, mais especificamente o aumento da taxa de conversão de visitantes a leads ou clientes, dependendo do seu foco estratégico.

Em essência, a técnica se resume a capturar o quê os usuários estão buscando ao visitar seu website e conduzi-los ao “objeto” da forma mais rápida e amigável possível, de modo a aumentar suas chances de clicar num call to action… Vamos agora conhecer algumas das estratégias matadoras para impulsionar suas decisões de marketing digital.   

Que tal o growth hacking?

É impossível falar de otimização da conversão sem mencionar o conceito do growth hacking que está revolucionando a maneira das empresas trabalharem o crescimento dos seus negócios.

Segundo Sean Ellis, que foi quem cunhou este termo, qualquer iniciativa de crescimento pautada em experimentos se enquadra nesta categoria de marketing, tais como os testes A/B. Experimente algumas das ferramentas sugeridas no apêndice desta obra.

Não é à toa que as tão badaladas empresas do tipo startups pautam sua estratégia de crescimento acelerado não só em produtos e serviços inovadores e tecnológicos, mas também numa estratégia muito bem consolidada de growth hacking…  

O poder da escalabilidade depende, via de regra, de um “chamariz” para o seu público. Você precisa ir além dos conteúdos porque estes têm o poder de atrair, mas dificilmente convertem… É preciso oferecer algo prático, realmente útil e gratuito, algo que resolva de preferência algum “calcanhar de Aquiles” para a sua persona

Um simulador de rotas para quem vai viajar, uma calculadora de desgaste de pneus para motoristas previdentes, um harmonizador de cores para maquiadoras, enfim, o céu é o limite, basta farejar a necessidade!  Mas como podemos descobrir isto antes de investir um bom dinheiro no desenvolvimento da ferramenta?

Testes de usabilidade

Existe uma forma muito fácil para se descobrir do que o seu público mais precisa! Chama-se “teste A/B” e consiste em apresentar para os usuários 2 versões distintas da página que se deseja otimizar. Depois é só compilar os dados e escolher a melhor. Certo? Bem, sempre ajuda um pouquinho mais de técnica…

Uma classe de ferramentas muito útil, especialmente na fase de planejamento dos testes A/B, é aquela que se propõem a realizar testes de usabilidade. É o que faz, por exemplo, o UsabilityHub. É perfeita para ter uma resposta rápida de usuários com o feedback sobre os elementos de design do seu site e/ou aplicativo. Os testes são distribuídos basicamente em 4 tipos:

Tela de celular com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente
Figura. Tipos de testes de usabilidade.

Recomendo que você faça um teste bem simples quando iniciar a divulgação da sua ferramenta de growth hacking. Pode ser um “teste de pergunta” sobre um ícone, por exemplo, apresentado numa interface do tipo call to action… Já dará uma boa ideia do poder da ferramenta!

§

Vimos aqui apenas um pouco do que você precisava conhecer para começar sua jornada rumo aos elevados patamares de resultados que só o marketing com inteligência digital pode propiciar hoje em dia no universo online

Você deve ter notado que a escolha das ferramentas corretas (e nem sempre as pagas) é a chave para impulsionar estes resultados, muito embora somente a vivência prática e estratégica, digo aquela baseada em fatos e dados, que dirá se a dita “inteligência” está sendo de fato empregada.

Não se iluda que terá resultados rápidos. O grande segredo aqui (e em quase tudo na vida) é a persistência e precisão ao rodar o processo de forma sistêmica. Alguns já alcançaram um belo lugar ao sol trilhando estes passos… E há certamente mais espaço lá para você! Sucesso é o que desejo a todos que se aventuram nesta seara.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Recomendando informações com inteligência digital

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #inteligênciadigital #linkbuilding #taxonomiadeconteúdos #ativosdedados #DigitalAssetManagement

Antes de falarmos propriamente sobre a medição de resultados no contexto do marketing digital, precisamos entender o conceito de analytics que rege esta importante etapa pós-publicação do conteúdo. O blog da cetax apresenta a seguinte definição: [1]

Analytics refere-se à possibilidade de se utilizar dados, análises e raciocínio sistemático para seguir em um processo de tomada de decisão muito mais eficiente.

O analytics emprega técnicas de modelagem estatística tais como data mining e, ao aplicar estes dados coletados para tomada de decisão estratégica numa organização, adentra no campo conhecido como business intelligence (BI).  Mais especificamente, dentro do contexto do marketing de conteúdo, temos cinco frentes principais de captura de dados:

  1. Website analytics;
  2. Social media analytics;
  3. Funnel analytics;
  4. Web analytics;
  5. SEO analytics.

Sem dúvida a medição dos resultados é a etapa mais importante após a publicação do conteúdo. Existem ferramentas críticas para avaliar a web como um todo, o website específico, as redes sociais ou o desempenho em Search Engine Optimization (SEO).

O grande “trunfo”, portanto, está na seleção das métricas mais importantes para o seu negócio! Se a sua empresa está focada no “buzz marketing”, por exemplo, deve ficar muito mais atenta às métricas de engajamento nas redes sociais. Por outro lado, se você simplesmente roda um e-commerce, o mais importante é carrear tráfego para o website que é o seu próprio canal de vendas.

Independente da estratégia de marketing adotada, existe uma tática de vital importância para todo e qualquer negócio online hoje em dia: o tal do link building.

O que é link building?

Funciona mais ou menos assim… Imagine que a cada link que a sua página recebe de um outro website é como se fosse um “voto” a mais para o seu ranking perante os mecanismos de busca como o Google. Isto mesmo. É uma forma simples e direta deles referenciarem a qualidade do seu conteúdo!

O efeito é que, além de direcionar tráfego para sua URL, o mais importante é que sua página adquire relevância orgânica com a TAG do texto âncora perante as plataformas de busca, mais especificamente aquela palavra-chave utilizada para direcionar o link (ou backlink na linguagem dos especialistas).

Detalhe importante: não adianta de nada galgar uma grande quantidade de links. O que importa mesmo é a qualidade destes links! Observe que o Google até penaliza sites com links ruins… É assim que as ferramentas de analytics como a MOZ atuam,[2] ao criarem índices que medem a “autoridade dos sites” perante os seus competidores digitais.

São considerados basicamente três fatores: o número de links de domínios descobertos nos últimos 60 dias, o número de links externos que apontam para sua página e, finalmente, o número de palavras-chave classificadas nas 50 primeiras posições de resultados de pesquisas no Google.   

Que fique clara uma coisa: não adianta sair produzindo conteúdos a esmo se estes não forem devidamente reconhecidos pelo seu público. Para o sucesso do link building, você precisa produzir bons e prósperos conteúdos, senão ninguém vai querer apontar um link sequer para o mesmo… Salve a meritocracia digital!

Taxonomia de conteúdos

Já aprendemos diversas ferramentas que nos ajudam a coletar dados nas diferentes etapas do processo de marketing de conteúdo. Mas como faço para organizar tudo isso?

Sem dúvida esta é a problemática atual para muitos do “marketeiros” de plantão, até porque não conheço um curso de publicidade que tenha uma disciplina de ciência de dados. Pelo menos ainda… Lembre-se: sem uma organização adequada, os dados não trarão insights e sim muita confusão!

A primeira tarefa é transformar os “dados brutos” através de um processo de classificação. Este é o desafio que tem sido chamado de “taxonomia de conteúdo”. Observe que a maioria dos negócios B2B e B2C não apresentam uma estratégia de conteúdo devidamente documentada. Confira o que Natalya Minkovsky, do Content Marketing Institute, tem a dizer a respeito:

Como estrategistas de conteúdo, temos que pensar em taxonomia a partir da perspectiva de quais termos e estruturas ajudarão o conteúdo a ter um melhor desempenho.

Como então podemos fazer esta classificação? É muito importante que cada conteúdo seja minimamente classificado de acordo com os seguintes critérios: 

Figura. Critérios para taxonomia de conteúdos.

Deve-se destacar que, para estruturar estes dados, transformando-os em verdadeiros “ativos de dados”, são necessárias certas ferramentas de apoio e gestão, conhecidas com Digital Asset Management (DAM).

§

Afinal, não poderíamos deixar de alertar que uma taxonomia que se preze só acontece quando você puder extrair facilmente todos os dados capturados dos conteúdos gerados, a qualquer momento, exportando o arquivo nos tradicionais formatos, quais sejam Excel ou CSV.

Já deve ter percebido, assim, que após implementar uma estrutura adequada, você passará a acumular uma grande quantidade de dados em sua organização. E estes dados são valiosíssimos para tomada de decisão em marketing de conteúdo!


Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

[1] Para o público leigo na área, este blog traz informações introdutórias sobre data anlytics, big data e data science. Conheça mais AQUI.

[2] Faça um teste gratuito e analise a URL do seu site para descobrir o poder desta ferramente. Acesse AQUI.

Filtrando dados com inteligência digital

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #inteligênciadigital #basesdedados #ferramentas #persona #influenciadores

Vimos anteriormente que a primeira etapa do ciclo FRD de feedback inteligente envolve técnicas de data mining, visando filtrar dados de um acervo de big data. Detalhe importante: dados que possam vir a ser realmente úteis em alguma área específica. Mas como poderemos cumprir com esta missão no caso do marketing de conteúdo em que o universo de dados é delimitado pela vastidão da internet?

Bem, só para se ter uma ideia, pondere que a quantidade de dados armazenados atualmente é de aproximadamente 4,4 zettabyetes (ZiB) e que, em até 5 anos, esse volume deve passar para cerca de 44 ZiB ou 44 trilhões de gigabytes. É isto mesmo: a cada segundo cada um de nós cria um novo dado! [1]

Veremos aqui algumas formas de sistematizar estas buscas para encontrar informação realmente inusitada, ou seja, algo que difira pelo menos um pouco da tão “batida” primeira página de resultados de uma busca padrão no Google…

Bases de dados versus ferramentas

Você já deve ter percebido que após implementar uma estrutura adequada de processos você passará a acumular uma grande quantidade de dados em sua organização. Correto? E certamente já sabe que estes dados são valiosíssimos para tomada de decisão em marketing de conteúdo!

Não é à toa que hoje em dia são chamados de “ativos de dados” e existem diversas ferramentas utilizadas para sua gestão que são conhecidas como Digital Asset Management (DAM). Não se preocupe de antemão, basta compilar as informações numa boa e velha planilha Excel. O importante é manter a disciplina nos controles. Mas como posso distinguir uma base de dados de uma ferramenta de marketing de conteúdo?

Antes de mais nada é importante definirmos o que é uma base de dados. É preciso ir além do conceito de “repositório” que apenas estoca dados, assim como também é fundamental entender qual é o seu papel na abordagem da “inteligência de conteúdo”. As bases de dados são muito valiosas hoje em dia e caracterizam-se pela capacidade de estocar, referenciar e distribuir dados em determinada área do conhecimento.

Já as ferramentas são “instrumentos” que facilitam a execução de determinada atividade. Portanto, temos que toda base de dados pode ser considerada uma ferramenta já que ela pode fornecer informação relevante para desempenhar determinada função. No entanto, conforme o Leitor já deve ter percebido, nem toda ferramenta constitui uma base de dados. Comecemos com um exemplo prático: Como levantar dados acerca do seu público-alvo, mais propriamente a sua persona?

Conhecendo a sua persona

O levantamento de dados sobre a sua persona pode ser feito com bases de dados digitais internas ou externas. No primeiro caso, falamos de informações sobre os seus clientes, as quais podem ser extraídas, por exemplo, do seu sistema de CRM. Consultar internamente como anda a demanda de conteúdos pelo seu público de relacionamento é um bom começo para saber com quem você vai se comunicar e ainda não é cliente…

O primeiro passo, portanto, é manter o histórico de como o seu público interage com os seus conteúdos já publicados, dependendo do perfil e também da etapa que estiver dentro do funil de marketing. É fundamental saber, por exemplo, qual é o formato (exs. texto, infográfico, foto ou vídeo) que melhor ressoa com a sua persona em cada uma das etapas de aquisição, retenção e crescimento.

Importante também conhecer detalhes demográficos através do tráfego por países, idade dos visitantes, sexo, interesses, origem do tráfego, entre outros. A SimilarWeb é uma base de dados com acesso gratuito onde se pode ter uma rápida “radiografia” de algumas destas informações, sendo reconhecida pelo seu ranking mundial de websites e ainda provê dados dos seus competidores digitais em determinada categoria.

Reconhecendo influenciadores

A escolha do canal de distribuição para o conteúdo produzido é também estratégica e depende muito do perfil de acesso da sua persona. Em suma, você precisa fazer um estudo detalhado de canais antes de sair disparando seus posts a esmo! Há tempos que a diversificação de mídias deixou de ser a melhor estratégia…

Cada canal de mídia apresenta suas peculiaridades e precisa ser constantemente alimentado para sortir os efeitos esperados sobre o seu público. Nem sempre os canais pagos são a melhor alternativa… Conheça as 3 categorias de canais, divididas de acordo com a sua “disponibilidade” em canais proprietários, pagos ou “ganhos”.

Uma imagem contendo relógio

Descrição gerada automaticamente
Figura. Categorias de canais de distribuição de conteúdo.

Particularmente sou fã das ferramentas que propiciam a captura de dados de conteúdos distribuídos. O importante mesmo é utilizar estes dados para alguma ação estratégica de social marketing. É por este motivo que resolvi destacar um exemplo de ferramenta que permite encontrar influenciadores: a BuzzSumo.

Apesar de ser uma base de dados paga, com ela você terá acesso aos engajamentos nas principais redes sociais de todos os seus posts, permitindo inclusive que você descubra quais são os usuários que mais compartilharam seus conteúdos… São estes os seus influenciadores. Reconheça-os que o “universo” online estará a seus pés!

§

Uma lista extensiva de bases de dados e ferramentas de inteligência digital será apresentada ao final desta obra (Apêndice). Por ora, o conhecimento das suas personas e o reconhecimento dos seus influenciadores é o suficiente para galgar os primeiros passos para uma estratégia de inteligência digital mais robusta.

Vamos adentrar agora naquela que considero a mais nobre das informações online através dos “rastros” deixados pela sua persona: suas TAGs! Isto mesmo. São as palavras-chave utilizadas em suas pesquisas que nos dão a “dica” de quais são os seus interesses… E é a partir daí que você deve planejar toda a sua estratégia de conteúdo!


Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

[1] Para mais curiosidades sobre a internet, acesse a reportagem da revista Forbes AQUI.

INTELIGÊNCIA DIGITAL

#inteligênciadevalor #valor #inteligência #inteligênciadigital #marketingdigital #inboundmarketing #marketingdeconteúdo #conteúdo

Se você trabalha numa empresa, seja na indústria, comércio ou no setor de serviços, mesmo como profissional autônomo, certamente já deve ter ouvido falar que tudo hoje em dia, mas tudo mesmo, gira em torno do tal “marketing digital”.1

Não se assuste, mas o fato é que o típico “vendedor” de porta, aquela figura boa de lábia, com um catálogo de produtos debaixo do braço, tal como o conhecemos no século XX, está mais para “bicho em extinção” do que outra coisa!

Vejamos o que é mais comum hoje… Receber o email marketing de um e-commerce, um push da sua loja virtual preferida de tennis no feed do Instagram ou a visita inusitada de um vendedor de panelas na porta da sua casa?

Vamos conhecer um pouco mais sobre a estratégia de marketing que está revolucionando a forma como as empresas geram negócios: o inbound marketing!

Inbound marketing

O termo técnico chama-se inbound marketing,2 mas você também pode resumi-lo como sendo o conjunto de técnicas capazes de “atrair” o seu consumidor através de um tipo muito especial de funil, conhecido como “funil de marketing”, com etapas bem definidas de aquisição, retenção e crescimento dos clientes.

Não adianta mais contratar uma campanha publicitária caríssima se você não souber se relacionar com o seu público. Acreditem: a “moeda de troca” não é mais necessariamente dinheiro… São “conteúdos” especialmente planejados e elaborados antes do cliente sequer imaginar a possibilidade de comprar o seu produto ou serviço. Vivemos declaradamente a “ditadura” do consumidor!

É preciso chamar atenção pelas redes sociais. Fazer o BUZZ, o “zunido digital”, o novo boca-boca, enfim, muito barulho!

Mas como nutrí-lo (o consumidor) com informações que sejam realmente do seu interesse? Trocando em miúdos: conte uma “história” bem contada através de ebooks, infográficos, guias, etc. São muitos os formatos de conteúdos e lembre-se da “regra de ouro”: cada público tem um gosto, uma linguagem apropriada, a depender do tipo de informação…

O conteúdo, portanto, é a grande “isca” do inbound marketing para atrair o público de interesse e tranformá-lo em lead logo na primeira etapa de aquisição do funil de marketing. Somente assim sua empresa fortalecerá o vínculo com o público e sua marca galgará o topo do mercado. A venda se tornou algo óbvio somente para aqueles que souberem demonstrar autoridade em termos de “conhecimento” na sua área. Bem-vindo à era do “marketing de conteúdo”!

Marketing de conteúdo

O processo de marketing de conteúdo pode ser dividido didaticamente em duas fases temporais com atividades bem distintas: antes ou depois do momento da publicação do conteúdo. Na primeira fase o foco reside na produção e distribuição do conteúdo.3 Depois disso, o mais importante passa a ser a medição dos resultados, a organização dos dados e a otimização da conversão em resultados.

Figura. Fases do processo de marketing de conteúdo.

A produção de conteúdo é a primeira etapa do processo de marketing de conteúdo. Ela envolve todas as atividades técnicas e ferramentas utilizadas na criação de um conteúdo que pode ter três focos distintos: educar, informar ou entreter. Além disso, dependendo do perfil do seu público e também da etapa que estiver dentro do “funil de marketing”, é fundamental saber qual é o formato (exs. texto, infográfico, foto ou vídeo) que melhor ressoa com a sua  persona… Este é o primeiro grande segredo do marketing de conteúdo: conhecer o seu público!

Ok, conteúdo produzido com êxito. O que falta agora? Aí começa a etapa de distribuição que configura o ato de disponibilizar o conteúdo para o seu público virtual com o intuito de atingir a maior audiência possível. Sendo assim, o ponto crítico desta etapa é a escolha dos melhores canais de distribuição que podem se enquadrar em três categorias de acordo com a sua “disponibilidade”: canais proprietários, pagos ou “ganhos”.

Chegamos à medição dos resultados que é a etapa mais importante após a publicação do conteúdo. Existem ferramentas críticas para avaliar a internet como um todo, o website específico, as redes sociais ou o desempenho em Search Engine Optimization (SEO). Aqui o grande “trunfo” está na seleção das métricas mais importantes para o seu negócio. Se a sua empresa está focada no buzz marketing, por exemplo, deve ficar muito atenta às métricas de engajamento nas redes sociais. Por outro lado, se você roda um e-commerce, o mais importante é carrear tráfego direto para o website.

De posse dos dados, como faço agora para organizar tudo isso? Sem dúvida esta é a problemática atual para muitos dos “marketeiros” de plantão, até porque ainda não conheço um curso de publicidade que tenha uma disciplina de ciência de dados… Lembre-se: sem uma organização adequada, os dados não trarão insights e sim muita confusão! A primeira tarefa é transformar dados brutos através de um processo de classificação. Este é o desafio que tem sido chamado de “taxonomia” do marketing de conteúdo…

Finalmente, a otimização da conversão configura um método que emprega técnicas de analytics e o feedback contínuo dos usuários para melhorar a performance de um website, mais especificamente o aumento da taxa de conversão de visitantes a leads ou prospects, dependendo do seu foco estratégico. Em essência, a técnica se resume a capturar o que os usuários estão buscando ao visitar seu website e conduzi-los ao “objeto” da forma mais rápida e amigável possível, de modo a aumentar suas chances de clicar num call to action… 

§

São estas, portanto, as etapas fundamentais do marketing de conteúdo! Vimos aqui o que você precisava conhecer de imediato para começar sua jornada rumo aos elevados patamares de resultados que só o marketing digital pode propiciar hoje em dia no universo online.

Você deve ter notado que a escolha das ferramentas corretas (e nem sempre as pagas) é a chave para impulsionar estes resultados, muito embora somente a vivência prática e estratégica, digo aquela baseada em fatos e dados, que dirá se a “inteligência digital” está sendo de fato bem empregada.

Não se iluda que terá resultados rápidos. O grande segredo aqui é a persistência e precisão ao rodar o processo de forma sistemática. Alguns já alcançaram um belo “lugar ao sol” trilhando estes passos… E há certamente mais espaço lá para você! Sucesso é o que desejamos a todos que se aventurarem nesta seara.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: boas decisões sempre

Gostou? Mãos ao BUZZ nas redes!

Saiba mais:

1. Torres, Claudio. A Bíblia do Marketing Digital: tudo o que você queria saber sobre marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar, São Paulo: Novatec Editora, 2009.

2. Halligan, B., Shah, D. INBOUND MARKETING, attract, engage and delight customers oniline, Wiley, 2014.

3. Rez, Rafael, MARKETING DE CONTEÚDO: a moeda do século XXI, São Paulo: DVS Editora, 2016.