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Voltemos à questão dos pontos de divergência e confluência. Esta é a chave! É muito fácil tipificar a primeira. Basta imaginar a atividade de comércio no centro da cidade em que vive. As lojas de roupas A, B e C naturalmente “divergem” na qualidade e preço das suas peças, competindo pela preferência de compra do mesmo público. Ou seja, se compro uma blusa em A, não comprarei outra blusa em C porque a demanda já foi suprida. E a segunda: você consegue identificar alguma atividade característica de imediato?
Certamente, a mais antiga e evidente é a base de toda a ciência moderna! Em realidade, trata-se da prerrogativa do próprio “método científico” que depende da construção coletiva do conhecimento, juntando-se uma miríade de fatos verificados por inúmeros cientistas ao redor do mundo que juntos comprovam (ou decifram) hipóteses específicas, formando as bases de uma teoria científica. Um exemplo clássico e de conhecimento do público amplo foi o projeto Genoma que decifrou o código genético humano.
Da mesma forma, podemos enquadrar a atividade de programação que pode envolver centenas ou até milhares de programadores ao redor do mundo, cada um produzindo uma pequena parte do código para desenvolver uma aplicação específica. Este conceito ficou conhecido como princípio do “código aberto” e deu origem ao sistema operacional Linux que chegou a rivalizar com o Windows por certo tempo (pelo menos entre os programadores profissionais).
Existem outras atividades não tão evidentes que também são pautadas pelos “pontos de convergência”, tais como a geração de bitcoins, o acúmulo de créditos de carbono ou o marketing de conteúdo, mas o importante aqui é entendermos a origem do conceito da “colaboração em massa” que ficou mundialmente conhecido pelo termo wikinomics.
Na verdade, wikinomics é um neologismo criado por Don Tapscott e Anthony Williams, enfatizando que o compartilhamento de informações dará “vantagens colaborativas” (e não competitivas) para as empresas que se abrirem a este novo paradigma. Eis uma frase que sintetiza muito bem esta visão de futuro no mínimo instigante: 1
A economia é vista como um meio de colaboração entre os atores sociais, baseada em códigos abertos e “ideágoras” que são as modernas praças do conhecimento, porém nunca tão verdadeiras!
Isto ocorrerá devido à oportunidade de interagir com uma diversidade de profissionais qualificados, mesmo que estes estejam geograficamente distantes e ainda a um custo consideravelmente menor, contando com a diversidade de contribuições para incrementar o processo de inovação dentro e fora das organizações. Uma dica: quem quiser se aprofundar no tema, não deixe de ler os trabalhos do Prof. Henry Chesbrough da Harvard Business School. 2
Aos meus olhos, este movimento é irreversível, de modo que as empresas deverão se adaptar mais cedo ou mais tarde, assim como a necessidade de se fomentar a inovação através das ferramentas propiciadas pela tecnologia da informação e inteligência artificial. Você já está preparado para este futuro incrível que está por vir?
Créditos:
Autoria por Ricardo Barreto
Obra no prelo: INTELIGÊNCIA DE VALOR: sempre boas decisões sem esforço
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Saiba mais:
1. Tapscott, D., Williams, A.D. Wikinomics, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
2. Chesbrough, H.W. Open business model: how to thrive in the new innovation landscape, Boston, MA: Harvard Business School Press, 2006.