SIMPLICIDADE versus COMPLEXIDADE § 79 – 81

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§ 79

Holística psicossomática. E a tal energia criadora e imanente, oriunda da Fonte, não pode afetar “positivamente” os corpos físicos? Não diretamente, como muitos afirmam. Ela afeta, outrossim, as consciências que, por sua vez, influenciam os corpos físicos, emanando pensamentos que interagem com as células no nível supramolecular, ativando ou desativando determinados mecanismos bioquímicos que podem ser saudáveis ou não. Quem nunca ouviu falar das doenças psicossomáticas ou, por outro lado, das terapias holísticas aplicadas pela medicina corpo-mente? Sim, este é o único canal de intercâmbio entre o plano físico e sutil. Algumas doutrinas religiosas espiritualistas apregoam outros canais evocando teorias complexas e até mesmo cientificamente ousadas, mas no fundo são apenas consciências influenciando os pensamentos de outras consciências em planos distintos. Mesmo nos fenômenos tidos como físicos, notem que é sempre o pensamento que dispara a ação. Veremos em detalhes este mecanismo cognitivo.

Foto em preto e branco com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente
Figura. Representação da consciência no século XVII.

§ 80

Da falácia humana. Por que o meio físico é tão importante neste processo se ele é puramente energético? O plano físico não é passível de interação somente com as energias eletromagnéticas e fotoelétricas. Seria uma falácia humana pensar de forma tão rígida e restrita! E olha que muitos cientistas assim o fazem. E é exatamente por isso que reconheço e amo os “teóricos” como Einstein que, via de regra, estão muito além do seu tempo… Pois bem. O meio físico é importante pelo único fato dele propiciar os sinais que são transmitidos pela consciência através dos pensamentos. Lembre-se mais uma vez para reter: a energia criadora que provém da Fonte não age diretamente sobre as “coisas físicas”, senão pelo intermédio da consciência.

§ 81

Sinais dos novos tempos. Agora fiquei curioso… Quais tipos de “sinais” podem ser transmitidos pela nossa consciência? Tanto sinais químicos como energéticos. Aqui precisaremos estender o conceito da física em que a energia está associada à capacidade de qualquer “corpo” de produzir “trabalho”, ação ou movimento. Este conceito fica limitado porque se entende como trabalho a capacidade de promover o deslocamento de um corpo físico. Mas e se assumirmos a existência do corpo sutil, aquele gerado pela consciência, ou melhor, pelos pensamentos? Essa mesma “energia sutil” poderia mover tanto a consciência aos estados projetivos como também ativar a telomerase em processos que afetam a reprodução celular através dos “sinalizadores celulares”. Aqui só precisamos adotar mais um “dogma” e pensar nas células como uma pequena entidade viva como o são. Mas quem falou que a ciência teórica assim não o faz. Existem teorias amplamente aceitas pela comunidade científica que nunca passaram por perto de uma experimentação laboratorial pelo menos por um tempo…

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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SIMPLICIDADE versus COMPLEXIDADE § 76 – 78

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§ 76

A “meia-vida” da alma ou da consciência. Será que nossa gênese pode ser determinada assim como a das estrelas e galáxias? Digo a da alma, o atmã, puro em essência do Criador. Dele, qualquer rastro no plano físico seria um contrassenso, mas da consciência, através da qual ela se manifesta, muito provavelmente… Só não se sabe como, ainda! Alguma “impressão” do momento da criação, na Fonte, nós devemos carregar em nosso “corpo consciencial”. A meia-vida de um átomo não é determinada pela sua atividade radioativa? Por que então, da mesma forma, não poderíamos pensar em determinar a “meia-vida da consciência”, medindo a sua “atividade consciencial”? Parece deveras uma viagem metafísica, certo?! Aguardemos, então, a evolução da ciência neste campo, dos estudos da mente humana, porque, antes de mais nada, precisamos desenvolver os instrumentos capazes de medir esta tal “atividade consciencial” que certamente existe e é detectada pelos seres sensitivos. Ainda não conseguimos sequer comprovar a sua existência, a da consciência e não da alma, muito embora eu acredite piamente nela, assim como também nos dogmas científicos que a sociedade deverá romper para chegar na verdade.

§ 77

Mais sobre o “corpo consciencial”. Já vimos sua distinção com relação à consciência propriamente dita. Também já vimos que a alma é a nossa verdadeira essência divina, enquanto a consciência é apenas o canal de comunicação com a mente que se manifesta, afinal, no plano físico. Já o “corpo consciencial”, por sua vez, é composto pelos campos energéticos (ou vibracionais) gerados pela consciência e não necessariamente pela alma. Lembre-se, existe uma multitude de entidades que podem se manifestar através dela, a começar pelo subconsciente egoico: a principal ilusão existencial gerada pela própria mente. Todo corpo consciencial resulta, portanto, de interferências construtivas e destrutivas de ondas geradas pelos próprios pensamentos e também pela interação com o meio à sua volta que representa um verdadeiro “oceano energético”. Aqui, deve-se observar que os pensamentos são comandados pela consciência, promovendo assim as manifestações físicas. Ressalta-se ainda que nos seres mais evoluídos, aqueles que já romperam os percalços até atingir samadhi,1 a consciência é dirigida quase que absolutamente pela própria alma. Esta, segundo os grandes mestres yogis, é a chave para a transcendência do plano sutil ao físico e vice-versa.

§ 78

Uma mecânica quântica avançada. Isto mesmo. É o que se entende por um meio energético propriamente dito, tal como a ciência o explica, haja vista que não pode haver dois deles numa realidade causal dentro do mesmo plano físico. Após a revolução da mecânica quântica,[*] foi descortinado o universo de interações dos corpos físicos com os campos energéticos gerados pela radiação eletromagnética convencional (o famoso experimento do corpo negro) ou, porque não extrapolar este conceito, para as vibrações geradas pela consciência, através dos pensamentos, continuamente gerados pela mente. É desta energia que falamos, nada além disso. A ciência da meditação já revelou o poder destes pensamentos,2 de modo que a única diferença aqui é que a chamamos de “energia consciencial”.


[*] É a parte da física que analisa o movimento, as variações de energia e as forças que atuam sobre um corpo. Aqui estamos no campo da “ciência de fronteira”, também conhecida por metafísica. Ou seja, atualmente são teorias que não passam de uma especulação filosófica, mas pode ser que um dia até que faça bastante sentido, mesmo que alguns estejam além do seu tempo, já desenhando experimentos dentro desta perspectiva mais ampla de entendimento do universo.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Patanjali, Os yoga sutras de Patanjali, São Paulo: Mantra, 2015.

2. Goleman, D., Davidson, R. J. A ciência da meditação: como transformar o cérebro, a mente e o corpo, Rio de Janeiro: Objetiva, 2017.

SIMPLICIDADE versus COMPLEXIDADE § 73 – 75

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§ 73

Do microcosmos mental ao corpo consciencial. Começamos aqui a nos enveredar mais propriamente nos terrenos da metafísica, mesmo que ainda tratando dos valores no plano físico. Não nos referimos a algo “simples” dentro da compreensão usual, relacionada ao minimalismo estético, nem tampouco do simples fatídico, aquele oriundo do desprendimento das posses ou da humildade em atitudes. Trataremos, outrossim, do “simples” como elemento básico da vida, responsável pela origem dos nossos pensamentos e, claro, de tudo que deles decorre, o que está por detrás do intricado arcabouço das memórias e conexões nervosas que regem a nossa mente, aquela que pode ser considerada o nosso próprio cosmos! Vejam: temos de um lado o “macrocosmo universal” e, do outro, um “microcosmos mental” altamente complexo… Eis o nosso próprio universo: aquele que criamos com a vastidão dos nossos pensamentos e experiências. E é daí que faremos (na segunda parte desta obra) a “ponte” com o plano sutil e os valores conscienciais.

§ 74

Consciência versus corpo consciencial. O simples, portanto, é a consciência, o foco da energia consciencial. É a centelha de vida que anima o nosso corpo físico. O complexo é, por sua vez, o que modula nosso “corpo consciencial”, as intrincadas leis da matéria que possibilitam a manutenção da vida a partir desta “energia vital” ou, como gosto de chamá-la, a “energia criadora”. Sem ela não há pensamentos. Não há percepção da própria existência. É o que nos caracteriza como indivíduos, seres sencientes, ou os pretensos seres humanos. É o que dirige nossa mente e pensamentos. É o que permite nos relacionarmos com outras consciências. É, acima de tudo, o que nos conecta ao “macrocosmo universal”. Ou seja, a simplicidade da consciência nos conecta à complexidade do universo, ao passo que o complexo intrincado da realidade material, o emaranhado do “microcosmos mental”, nos conecta à simplicidade da criação, fruto de uma Fonte infinita em valores conscienciais, de onde provém a energia imanente das criaturas. De onde provém a consciência e para onde ela regressa após o processo de depuração ou iluminação (mais um assunto para a próxima parte desta obra).

§ 75

Da energia vital ou energia criadora. Eis o elemento mais simples do cosmos.[*] Simples porque ela é única e se propaga indefinidamente por qualquer meio, físico ou sutil. É, por este mesmo motivo, onipresente, bicorpórea na sua essência, passível assim de materialização ou espiritualização ao mesmo tempo, a propósito, que para ela não existe… Sem os dualismos característicos da complexidade das leis materiais. É também a única que não é suscetível de interferências. É por este motivo eternamente estável ou imutável. É, finalmente, o elo de ligação vital entre toda e qualquer consciência. E, claro, com explicações inacessíveis aos conhecimentos científicos que detemos no mundo material.


[*] Lembrar que estamos no campo da metafísica, bem distantes das explicações científicas da física quântica para as partículas subatômicas.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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BELEZA versus FEIURA § 70 – 72

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§ 70

A psicologia das cores e o inconsciente coletivo. É claro que deve haver uma explicação para cada um destes significados das cores. Como profundo admirador da filosofia e, ao mesmo tempo, um entusiasta das “ciências da mente”, tenho de admitir que a resposta perpassa pela compreensão de um fenômeno psíquico-social extremamente complexo que é a formação do “inconsciente coletivo”. Assim como a percepção de valor, a “percepção de beleza” também depende do consenso entre as pessoas que a admiram. E este, muitas das vezes, não se mostra nem um pouco evidente! Em alguns casos até que conseguimos encontrar lógica nos impulsos mais instintivos do ser humano. Vejamos o caso do vermelho. Quem não fica chocado, ou até mesmo paralisado, quando se corta acidentalmente e vê o sangue jorrando e tingindo tudo de vermelho? Já a intimidação do preto deve remontar aos tempos primitivos quando o homo sapiens ainda sequer sabia como fazer uma fogueira e a escuridão o colocava à mercê dos predadores mais vorazes. A luz do dia (representada pelo branco) sempre trazia esperança na vida, com a previsibilidade dos perigos mais iminentes. Em diferentes épocas da humanidade, temos condição de reconhecer estes padrões de comportamento coletivo. Basta um olhar mais atento sobre a motivação primária, ou seja, aquela que afeta nossa consciência ou que ameaça a vida terrena.

§ 71

O dilema da feiura. Ah, todos a ignoram… Diga-me, afinal, o porquê! Identificada a origem da beleza, não é preciso dizer muita coisa sobre a feiura. Trata-se tão-somente de ausência da beleza. Simples assim. Dir-se-ia mais propriamente que se trata da assimetria dos traços; da falta de propósito ou significância das cores; da desarmonia do arranjo de formas. Ok, esta é a causa. Vamos, agora, inferir sobre os seus efeitos. O feio é abominável porque gera repulsa ou gera repulsa porque é abominável? Eis o dilema da feiura! Ela simplesmente não apraz, não é, a priori, capaz de gerar prazer. Portanto, a tal “percepção de beleza” está diretamente relacionada com o prazer proporcionado, assim como a percepção de valor está diretamente relacionada à satisfação de uma necessidade.

§ 72

O estado da arte. Quem não se apraz com o ronco dos motores de uma Harley Davidson? Não é preciso ser um motociclista tarimbado para admirar e reconhecer de longe uma motoca destas quando passa ao seu lado numa rodovia. Confesso que até abro uma frestinha da janela e desligo o som só para ouvir com maior precisão o ronco possante desta “máquina dos deuses da engenharia”. Os japoneses e outros até tentaram copiar, mas por sorte o sistema patentário já naquela época privilegiava aqueles que buscam atingir a perfeição pelo pioneirismo.[*] Salve o inventor responsável pela peripécia: Sr. WILLIAM S. HARLEY, com a patente datada de 1919.1

Figura. Exemplo de beleza das coisas: motor Harley Davidson.

Era o que faltava para fecharmos o conceito de beleza: todos os sentidos no plano físico são passíveis de proporcionar prazer, até mesmo a audição! É através dos sons que, muitas vezes, nos tocam no fundo d’alma… Não é só o ronco da Harley. Quem não se comove com uma melodia ao piano de Sergei Rachmaninoff ou com o farfalhar dos eucaliptos no final de uma tarde de outono? A experiência sinestésica é peculiar a cada indivíduo. Basta abrirmos os “poros” vivendo o momento presente! Vê-se, portanto, que a beleza ou a feiura são apenas canais que vibram e ressonam (ou dissonam), proporcionando uma “ponte” que nos leva, peremptoriamente, do plano físico ao sutil e vice-versa. Eis que chegou o momento de migrarmos nossa conversa para os valores no plano sutil. Vamos lá?!


[*] Acesse a patente na íntegra em: http://www.google.com/patents/US1472068 .

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Patente US No 292,730, depositada em 25 de abril de 1919.

BELEZA versus FEIURA § 67 – 69

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§ 67

A estética do minimalismo. E como a simplicidade se encaixa nesta aparentemente complexa equação do belo? Mais uma pegadinha… Ela pode permear diversos elementos e constitui, talvez, um dos maiores segredos para se atingir a beleza das coisas e também dos seres. Seria a técnica de escolha caso queira aumentar suas chances de criar algo realmente belo um dia. Da Vinci era um estudioso da anatomia, perspectivas e proporções. E você: vai se especializar no quê? Observe o seguinte: um dos principais movimentos da estética moderna está justamente pautado no minimalismo. Escolas de design pioneiras como a de Bauhaus na Alemanha deveriam ser o ponto de partida não só para arquitetos, mas sim para qualquer um que busque a expressão da perfeição materializada no plano físico. [*]

§ 68

A beleza das cores. Sei no que vocês devem estar pensando: mas e as cores: como elas se encaixam e contribuem com esta tal fórmula da beleza? Por que ficaria de fora a técnica que fazia de ninguém menos do que Monet a mais perfeita expressão do belo?! A beleza das cores só impressiona quando dotada de significado puro. Portanto, sobre as cores, teríamos de elaborar outra fórmula muito mais complexa que a dos traços propriamente ditos. Melhor não complicarmos a “matemática das coisas” neste momento (continuo a brincadeira…). Vejam o que disse um dos mais respeitados críticos artísticos, Louis Leroy, sobre a pintura intitulada “Impressão, nascer do Sol” de Monet:

“– Eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é por que há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha…”

§ 69

Casa Branca versus Casa Preta. Como seria possível dotar as cores de significado? Não o é. As cores carregam, per se, significância intrínseca. Um dos poucos “gurus brasileiros” internacionalmente reconhecido, o mago e escritor Paulo Coelho, sobre as cores nos presenteou com a seguinte indagação:

“Imagine se a Casa Branca fosse chamada de a Casa Preta. Todos pensariam que ela era habitada pelo espírito da escuridão”.

Mais apropriado impossível! As cores que definem as coisas, ou as pessoas, e não o contrário. Em sua obra clássica sobre os impropérios da fama,69 Paulo nos remete a uma viagem no mundo da moda que revela o significado (e também a magia) de cada uma delas, muito embora as pessoas ainda achem que a escolha de uma cor não tenha um propósito. É puro acaso. Confesso que, desde então, passei a pensar muito mais nas cores que eu visto e pouso meus olhos…. É mais ou menos assim:

  • O branco significa pureza e integridade;
  • O preto intimida;
  • O vermelho choca e paralisa;
  • O amarelo atrai atenção;
  • O verde acalma de tudo e sinaliza concordância;
  • O azul sempre suaviza;
  • O laranja confunde.

Não é à toa, portanto, que a noiva e o papa vestem branco. Os seguranças de qualquer celebridade e os “padres” (do Vale do Silício) vestem preto, claro que com uma pequena brecha branca na gola… Quer pegadinha maior do que essa?!


[*] A Staatliches-Bauhaus é uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado de Modernismo no design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do mundo.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1Coelho, Paulo. The Winner Stands Alone, Harper Collins, 2010.

BELEZA versus FEIURA § 64 – 66

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§ 64

A fórmula do belo. Já tratamos o tema de forma sutil e até mesmo um pouco despretensiosa, mas tenho certeza de que valeu ao menos pela quebra do paradigma encerrado na questão.1 Agora vamos nos ater aos “traços” que definem a beleza, restringindo-nos ao plano físico palpável aos olhos de quem vê com olhos de ver… Não tenho dúvidas de que existe sim uma fórmula estética para “o belo”. Basta perscrutá-lo! Os verdadeiros artistas a sentem quase que intuitivamente, mas nossa proposição aqui se pauta pela lógica, até mesmo onde parece não haver espaço para ela… Resume-se à seguinte equação:

B = R2 . 5(S + H) + 2(13T – 7I)

Onde,

                        B = Beleza (somente a física);

                        R = Recursos (qualidade dos mesmos);

                        S = Simetria (grau de reflexão especular);

                        H = Harmonia (não cansar a visão);

                        T = Talento (capacidade inata de combinar elementos);

                        I = Imperfeições (grau de singularidade dos elementos).

§ 65

Estética do absurdo. Brincadeiras à parte, tal fórmula não existe e seria uma elucubração do empirismo estético! Apesar de existir coisa ainda pior na literatura especializada, nos recônditos acadêmicos dos pseudo-sábios que justificam sua posição por teorias sem relevância prática, seria capaz, outrossim, somente de incitar a curiosidade dos matemáticos e pouco agregaria ao entendimento das raízes que levam aos padrões mais elevados de beleza. O fato é que o belo deve partir de uma seleção apurada dos recursos, buscando a combinação perfeita de elementos para conferir, em igual proporção, tanto simetria como harmonia. Claro que o design perfeito ainda requer uma boa “pitada” de talento, mas a “pegadinha” aqui é a seguinte: sempre deve haver uma sutil imperfeição que sirva apenas para revelar nossa “baixeza” perante o Criador. Aquela tão sutil que passa praticamente imperceptível aos olhares menos atentos. Quase como se fosse um teste para averiguar a habilidade de quem a aprecia. Da Vinci era o mestre destes truques do ilusionismo em suas pinturas e, diga-se de passagem, de muitas outras coisas.2 Pena que ao longo da história muito poucos terão olhares tão apurados como um Steve Jobs ou um Michelangelo.  

§ 66

Googletopia. Vamos a um exemplo prático e atual de aplicação desta tal “fórmula utópica” do belo. Nada mais simples e efetivo do que a primeira página do mecanismo de busca que revolucionou a internet: o Google. Todos conhecem a “brincadeirinha” com a logomarca da empresa na barra de buscas, em especial nas datas comemorativas. Vejam com atenção o exemplo a seguir. Notem os padrões de simetria da letra, a harmonia dos tamanhos, as imperfeições ao fundo, a sutileza de posicionamento dos objetos do cenário e, claro, o talento para combinar tudo isto de forma única numa logomarca que simplesmente não sai da nossa cabeça! Alguém por acaso conseguiria ficar enjoado ao abrir seu navegador de internet todo santo dia e se deparar com uma figurinha tão bela e instigante como esta?!

Figura. Exemplo de beleza das coisas: a homepage do Google.

            Confesso que, por algum motivo de caráter mais subliminar, sinto até um certo toque de felicidade ao contemplar tal figurinha, mais precisamente aquela usual e toda coloridinha… Tamanha simplicidade, mesclada com um tremendo nível de perspicácia na combinação de elementos e cores, realmente é para poucos. Reflete muito bem a ideologia de vida de Larry Page, um de seus fundadores e criador do algoritmo que pode ser considerado um dos mais importantes dos nossos tempos!

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Ibid.

2. Walter Isaacson, Leonardo da Vinci, 1a ed. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2017.

CULTURA versus SUPERFICIALIDADE § 61 – 63

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§ 61

Um jogo de estatísticas a dois: projetos de valor. E se o foco da grande maioria das pessoas estiver justamente no sentido contrário ao das “experiências de valor”? Não importa. A validade está justamente na experiência contínua de tentativa e erro. Se eventualmente destruir valor, isto mais cedo ou mais tarde será percebido e haverá chances de se compensar com outras experiências de valor, desde que continue sempre tentando. Pense, por exemplo, nos relacionamentos conjugais. Foi-se o tempo em que o matrimônio era indissolúvel. Muitos sabem o quão difícil é acertar de primeira… Sofremos e fazemos os outros sofrerem, até amadurecer e encontrar aqueles com quem a “equação de valor” torne-se finalmente positiva. Quando trabalhamos em “projetos de valor”, no médio e longo prazo, também é imperioso saber este jogo de estatísticas. Quantos projetos fracassados precisam acontecer até chegar naquele que transforma o rumo das coisas? Foco, portanto, é literalmente “jogar a favor” da experimentação. Só assim poderá nos levar a um novo patamar de desempenho em qualquer tipo de relacionamento!

§ 62

A falácia da lei de atração. Por acaso não existe uma técnica para melhorarmos os resultados destes “experimentos de valor”? Algo assim mais científico como a química, em que misturamos os reagentes, preparamos o meio reacional e só esperamos para isolar os produtos. Se eu não fosse químico orgânico sintético, ficaria ainda mais surpreso com a aparente facilidade de se gerar tantos “produtos mentais” no dia-a-dia das nossas vidas… Mas qual foi o rendimento? E a pureza?? Essas “fórmulas” invariavelmente escondem a complexidade de se reproduzir os resultados, haja vista o universo que se encadeia por múltiplos fatores. É como a teoria de “O Segredo”, propalada como se fosse uma revelação dos sábios de várias épocas. Dizem até que filósofos, pesquisadores e líderes a esconderam por muito tempo em sociedades secretas e que, na verdade, é uma fórmula extremamente simples, definida simplesmente pela “lei de atração”. Diferentemente da física, neste caso a atração é literalmente a “fórmula do sucesso”, em que as grandes conquistas dependem única e exclusivamente da força dos nossos pensamentos. Confesso que já assisti ao famoso documentário; já li o não menos famoso livro; e já pratiquei um bocado. De fato, obtive alguns acertos decisivos em minha vida. No entanto, confesso que muitas vezes me deparo com dificuldades para manter o controle e a força dos pensamentos direcionados. Percebi que os três passos de “O segredo” (pedir, crer e receber) são ainda mais simples do que os sete passos do nosso ciclo de cultura de valor, no entanto cheguei à conclusão de que, filosoficamente, não estão corretos apesar dos inúmeros resultados práticos.

§ 63

Céticos materialistas: uma aparente dicotomia. Acabamos de ver que o “generalismo” nos leva ao erro da superficialidade. Mas estes três ou até mesmo sete passos, a dita “fórmula” da sabedoria, não generalizam a profundidade dos conhecimentos de milênios de estudos e teorias religiosas e filosóficas? Pensar assim seria outro grande erro. Não devemos confundir “generalismo” com “minimalismo”. Até hoje grandes cientistas como Albert Einstein e Stephen Hawking buscam a unificação das leis da física, conectando o universo macroscópico com o universo quântico.1 Por que será então que os grandes pensadores também não poderiam buscar uma fórmula única que fosse capaz de sintetizar todas as crenças e que explicaria os fenômenos da consciência nos planos físico e sutil ao mesmo tempo? Ao que tudo indica, nesta corrida pela compreensão do universo cósmico, os “céticos materialistas” estão ficando cada vez mais para trás… Acontece que, desta aparente dicotomia, o caminho por eles percorrido levará exatamente ao mesmo ponto! Mas voltaremos exatamente neste ponto lá no finalzinho desta obra. Aguardem.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. Stephen Hawking, A Brief History of Time, New York: Bantam Books, 1988.

CULTURA versus SUPERFICIALIDADE § 58 – 60

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§ 58

O perigo da “espiral de curtição”. O supérfluo é imposto às pessoas sem que elas se apercebam. No mundo de hoje, ao curtir um post no facebook ou assistir a um video no Netflix, [*] ninguém fica imaginando que existe um sutil mecanismo de inteligência artificial, literalmente um “robozinho” por trás da tela avaliando continuamente nosso perfil, através de complexos algoritmos de machine learning que nos sugerem conteúdos relacionados numa espécie de “espiral de curtição” que acaba por limitar nossa “visão” de outras postagens que poderiam até ser bem mais interessantes… 1 É exatamente este fenômeno que tem acontecido no dia a dia da vida das pessoas. Seguimos padrões de comportamento que são perfeitamente previsíveis e dão cada vez mais força aos tais “robozinhos”. Na verdade, nos tornamos muito parecidos com eles! Se um jogador de futebol pinta o cabelo de amarelo e dá uma “lambida” para frente, toca todo mundo a fazê-lo… Não existe mais senso crítico. Estamos à mercê da superficialidade.

§ 59

Os “evangelistas” dos tempos modernos. Não pense você que são eles pregadores religiosos. Longe disso. Os encontrará ao contabilizar milhares de seguidores no facebook, seus interesses no Twitter e, o mais importante, se é declaradamente um entusiasta das novas tecnologias. O “evangelista moderno” gosta de ser sempre o primeiro a experimentar as últimas inovações, num ritmo tão acelerado quanto a própria competição nestes mercados, em que as organizações que “brilham” são ágeis, porém temporárias. São chamadas de startups e primam pela alta capacidade de mudança, promovendo verdadeira revoluções no modo como os produtos e serviços são percebidos, em espaços de valor nunca dantes imaginados… Quem iria imaginar que um Uber acabaria com os taxistas e um Netflix acabaria com o “estrelato” de Hollywood! Foi Steve Blanck, o verdadeiro “guru” do Vale do Silício, quem cunhou o termo earlyvangelist que já é considerado um dos mais importantes neologismos do século XXI. 2

§ 60

Importância das experiências de valor. As redes sociais, ao aglutinar pessoas num debate “virtual” de ideias, representam hoje aquilo que as Ágoras o foram na Grécia antiga. O único problema é que, na falta de boas ideias, o que se discute muitas vezes é a fofoca mais quente do momento, enquanto deveriam estar falando da mais nova tecnologia que irá revolucionar a vida das pessoas! Como podemos então nos livrar desta verdadeira “anticultura” que aniquila a geração de valor? A cultura que nos importa verdadeiramente se constrói pela sucessão de inúmeras interações com earlyvangelists. O desafio é romper com a escassez de conteúdo relevante na medida que somos constantemente desviados pelos “generalistas”, perdendo o foco daquilo que nos levaria a um patamar de conhecimento inimaginável. Não deixe sua vida se tornar um laboratório vazio de ideias. Cultive experiências de valor. Viva no ecossistema das startups e será surpreendido por elas.


[*] Interessante a reportagem publicada na revista Wired de outubro de 2014 que relata um experimento realizado pelo jornalista Mat Honan que simulou ser o “usuário perfeito” do facebook, curtindo exatamente tudo o que visse na rede até o limite de dar um verdadeiro “nó” na cabeça do tal “robozinho” de avaliação de perfil…

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1. MacCormick, John, Nine algorithms that changed the future, the ingenious ideas tha drive today´s computers, Princeton University Press, New Jersey, 2012.

2. Blank, S. G. The four steps to the epiphany: Successful strategies for products that win. Califórnia, 2007.

CULTURA versus SUPERFICIALIDADE § 55 – 57

#ricardobarreto #culturadevalor #valores #cultura #aforismos #superficialidade #JaneAusten #mudançadehábitos

§ 55

YouTube versus Jane Austen. Insana comparação! Mas qual seria a melhor explicação para tanta coisa supérflua que nos rodeia hoje em dia? Difícil mesmo de entender… Somente quando lemos um romance de Jane Austen transparece a brutal mudança de hábitos num espaço de tempo de um pouco mais de 200 anos. 1

Foto em preto e branco de rosto de pessoa visto de perto

Descrição gerada automaticamente
Figura. Jane Austen: escritora inglesa de incomparável percepção.

Nem é preciso ir tão longe assim. Tente lembrar-se dos hábitos familiares na sua infância. Com certeza notará muitas diferenças! Na minha casa, por exemplo, era “sagrada” a reunião na sala, todos a postos no sofá para curtir o Fantástico da TV Globo no domingo. Hoje, se o leitor me visitar por volta das 21h de um domingo qualquer, certamente encontrará um ser em “posição de lótus” numa poltrona, pesquisando no Google algo que tenha chamado atenção na leitura dominical edificante, minha esposa estirada no sofá atualizando-se no iPhone e minha filhinha, claro, assistindo as últimas dicas de maquiagem da sua YouTuber preferida no iPad! Ora, qual seria o título que Jane Austen escreveria se estivesse entre nós neste momento? Ah, seria um vídeo bem curtinho: com uns 3 likes e apenas um “cheiro” de sense and sensibility… [hehe]   

§ 56

Ciência e tecnologia. A mudança de hábitos ocorreu, indubitavelmente, na mesma velocidade que vieram os progressos da ciência e as suas mais variadas aplicações tecnológicas no cotidiano das pessoas. Nunca, em toda história da humanidade, foram vistas tantas inovações tecnológicas aparecerem e desaparecerem, moldando nossas vidas e hábitos mais arraigados. Se me perguntarem qual seria o barato de ter um aparelho de fax, não titubearia em responder com a emoção daquele bipe… Já minha filhinha, ao mesmo tempo que edita uma foto para postar no Instagram, responderia com outra pergunta: mas este tal “bipe” serve pra quê?! Quanta tecnologia vai e vem, mas pensem comigo: será que precisamos mesmo de tudo isso? Não pensem vocês que a culpa é da ciência ou dos empreendedores. De forma alguma. Sempre as respostas remontam a questões mais filosóficas…

§ 57

Dinheiro ou poder? Ambos. Vamos primeiramente refletir sobre o que leva o homem a desenvolver tais tecnologias. Sim, o que os move, via de regra, é a saga por conquistar dinheiro e poder. Assim, garante-se praticamente todos os seus anseios no plano material. Mas Fernando Pessoa diria que “sempre falta uma coisa: uma frase, um copo, uma brisa”, forçando-nos a descer mais um degrau na análise. Por que o homem precisa de tanto dinheiro? Será mesmo que precisamos ir além do minimamente necessário para sobrevivência, conforto e a segurança da família?? Tudo que nos ilude se resume em comodidade, prazer e previdência. Nada mais. A humanidade é materialista por natureza. Seguem seus instintos de forma consciente ou inconsciente. Muitas vezes não se apercebem que suas ações e hábitos estão sendo moldados de acordo com os costumes da época que estão vivendo, mais propriamente das tecnologias em voga que ditam as formas de relacionamento. Isto não quer dizer que toda e qualquer tecnologia é desnecessária. Não tenho dúvidas de que o aparelho de fax deveria ser algo vital para uma corretora de seguros nas décadas de 80 e 90, assim como o Instagram o é hoje para cultivar as amizades… No fundo, o que dita os avanços tecnológicos, são as próprias necessidades e desejos humanos. São eles que mudam e não o contrário. Pronto, falei.

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1Jane Austen, Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito) terminado em 1797 e publicado somente em 1813.

CONHECIMENTO versus IGNORÂNCIA § 52 – 54

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§ 52

Soluções para escalabilidade de informações. Como podemos lidar com esta geração desenfreada de informação? Da ânsia exagerada por conhecimento em que a sociedade está se afogando, gerando mais desinformação que outra coisa: a forma mais lamentável de ignorância… São duas as alternativas que se reforçam concomitantemente: ora põe-se “amarras” ao pensamento, ora sistematiza-se o pensar para limitar os registros na memória. Uns até chegaram a defender o tal do ócio para propiciar tempo à eclosão da criatividade.1 Outros preferem a reclusão aos estados meditativos para acalmar a mente, perseguindo o equilíbrio entre o corpo e a mente.2 Ainda existem aqueles que propalam que a mente deve ser organizada, da mesma forma que organizamos o armário das nossas casas ou a agenda de compromissos.3 São tantas as alternativas que não podíamos deixar de propor mais uma…

§ 53

Funil de valor: para quê? Não tem jeito. Precisamos aprender a viver e a “conviver” na chamada economia da informação. Do fluxo de dados que se nos apresenta a todo instante, precisamos de encontrar uma forma de “separar o joio do trigo”. Vejamos. Acredito piamente que não existe uma fórmula única para lidar com o verdadeiro “caos informacional” que bombardeia nossa consciência a todo instante. No entanto, vamos nos arriscar a criar uma “regra de ouro” alinhada ao propósito de disseminar a Cultura de Valor: algo simples e que possa orientar nossas atitudes de forma prática e eficaz. Esta regra, na verdade, é um tipo de “filtro” que chamamos de funil de valor.

Uma imagem contendo copo, copo descartável

Descrição gerada automaticamente
Figura. Regra do funil de valor.

A cada estímulo informacional recebido, devemos fazer uma única indagação: isto estimula em mim pensamentos que geram ou destroem valor? Será, assim, muito mais fácil de identificar aquilo que é aproveitável em pelo menos algum aspecto das nossas vidas ou “pura” perda de tempo! À primeira vista, pode parecer muito estranha esta conversa íntima a todo instante, mas aos poucos perceberemos que esta é, na verdade, a chave do autocontrole e, arrisco-me a dizer: do próprio sucesso das nossas ações. Lembrem-se que o fluxo de pensamentos que bombardeiam a nossa mente, a cada novo estímulo informacional, são os propulsores de uma cadeia de ações e hábitos, determinantes para o resultado final em nossas vidas: a tão almejada geração de valor.

§ 54

Game versus Desassossego. Imaginemos a seguinte situação: ao acordar num feriado, enquanto uma adolescente toma seu leitinho com chocolate, recebe o telefonema de uma amiga do condomínio convidando-a para uma sessão de videogame em sua casa. Sabe, aquele joguinho novo que todos estão comentando nas redes sociais… Ela se lembra, após desligar a ligação, que a sua professora de literatura tinha dado a dica de aproveitar o feriado para ler o primeiro capítulo do chamado “Livro do Desassossego” de Fernando Pessoa e escrever uma resenha sobre ele.4 Qual a fonte de informação que ela deverá optar neste caso? Não há dúvidas de que ambas geram fortes estímulos na garota. No entanto, se utilizasse o “funil de valor”, o heterônimo de um Fernando Pessoa traria muito mais luz aos seus pensamentos desta manhã ensolarada…     

Créditos:

Autoria por Ricardo Barreto

Da obra no prelo CULTURA DE VALOR: aforismos para uma vida plena

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Saiba mais:

1De Masi, D. O Ócio Criativo, Rio de Janeiro: Sextante, 328 p., 2000.

2. Benson, H., Proctor, W. Relaxation Revolution: the Science and genetics of mind-body healing, 2010, New York: Scribner, p. 3-20

3Ibid.

4. Pessoa, Fernando, Livro do Desassossego por Bernardo Soares, vols. I e II. Lisboa: Ática, 1982.